Terça-feira, 19 de março de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2019
O conselho militar do Sudão e os líderes de oposição assinaram oficialmente, neste sábado (17), a ‘declaração constitucional’. O documento confirma o acordo histórico alcançado no último mês e abre caminho para a transferência definitiva de poder para os civis, depois de meses de protestos populares.
A negociação do acordo durou meses, e foi repleta de manifestações. Ainda no mês de julho, os dois lados haviam sinalizado um possível acordo, que previa a alternância de poder entre militares e civis da oposição por cerca de três anos. No dia 3 de agosto, ambas as partes concordaram com a criação do Conselho Soberano, composto por cinco militares e seis civis, responsáveis pela administração da transição de poder.
O Sudão vive instabilidade desde abril deste ano, quando o ditador Omar al-Bashir, que comandava o país desde 1989, sofreu um golpe do Exército. Desde então, o Sudão vive uma onda de protestos que ocasionaram, inclusive, morte de manifestantes.
O Acordo foi firmado por Mohammed Hamdan Daglo, número dois do Conselho Militar, e Ahmed Al Rabie, representante da oposicionista Aliança pela Liberdade e pela Mudança (ALC), na presença de chefes de Estado de países como a Etiópia e o Sudão do Sul.