Brasil Conta de luz deve ficar mais cara em agosto em razão da falta de chuvas
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2017
A conta de luz deve ficar mais cara para os brasileiros a partir de agosto, devido à falta de chuvas no País. Os reservatórios de água das principais usinas hidrelétricas no Sudeste e no Centro-Oeste – que atendem 70% de todo o sistema – voltaram a secar em julho, indicando que a cobrança extra deve voltar.
Especialistas calculam que a bandeira vermelha, que foi acionada em abril e maio, voltará a encarecer a conta no mês que vem. “Agosto já vai ser um mês de bandeira vermelha e o impacto disso na nossa conta vai ser um aumento de R$ 0,03 por quilowatt/hora e isso representa cerca de 5% de aumento na nossa conta de luz”, diz Marcelo Parodi, da Compass Energia.
A evolução das cores da bandeira tarifária indica que o custo de produção de energia no Brasil aumentou nos últimos meses. Isso está relacionado com a chuva abaixo do previsto, o que acaba reduzindo o armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas ou fazendo com que esse armazenamento suba menos que o esperado.
Quando isso acontece, aumenta a necessidade de uso de energia gerada por termelétricas, que é mais cara do que a das hidrelétricas. Por isso, sobe a cobrança extra da bandeira nas contas de luz.
Inadimplência
A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou proposta que exclui da base de cálculo das tarifas de energia elétrica os custos relativos à previsão de inadimplência de consumidores e a ligações clandestinas. O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Celso Russomanno (PRB-SP), ao Projeto de Lei 5457/16, do deputado Edio Lopes (PR-RR) e propostas apensadas (PLs 6523/16 e 7066/17). O substitutivo deixa claro que as empresas de energia elétrica deverão informar aos consumidores, nas faturas, as parcelas das tarifas correspondentes às perdas técnicas e não técnicas, assim como deverão especificar qualquer outro tipo de cobrança.
O autor afirma que em torno de 30% do que é pago na conta de luz vem da cobrança pelos chamados “gatos” e pela inadimplência. “Esse custo decorre naturalmente do risco da atividade e não pode ser repassado ao consumidor”, concordou o relator.
A proposta limita a 5% do valor da tarifa as compensações por perdas técnicas e não técnicas na distribuição e transmissão de energia. O projeto será analisado ainda, em caráter conclusivo, pelas comissões de Minas e Energia e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Também está em análise no Senado projeto que estabelece desconto na conta de luz para famílias com renda mensal de até quatro salários mínimos que mantêm um parente internado em casa. O Projeto de Lei 187/2017 reduz as tarifas de fornecimento de energia elétrica nas residências em que habite paciente em tratamento ou internação domiciliar, no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), que necessite o uso continuado de aparelhos.
