Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A partir do ano que vem, a conta de luz poderá variar conforme o horário de consumo

Compartilhe esta notícia:

Do total, 16 bilhões de reais serão pagos pelos consumidores e o restante será resultado de multas. (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

A partir de 2018, a conta de energia elétrica residencial e de pequenos comércios poderá variar conforme o horário de consumo. Com a “tarifa branca”, o custo será mais elevado durante as três horas de maior consumo de energia elétrica na região da distribuidora, em geral, fim de tarde e início da noite.

Para todo novo consumidor de energia, será oferecida já em janeiro a opção da tarifa branca. Ou seja: quem for fazer a primeira ligação de eletricidade poderá ter acesso à nova modalidade de cobrança. Os detalhes foram apresentados nesta quarta-feira pela Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica).

Uma dica da entidade é que o consumidor não opte pelo novo sistema se ele e sua família só têm o fim da tarde e o início da noite livres. Mas se, por exemplo, ele mora sozinho e estuda ou trabalha à noite, deixando a casa vazia neste horário, a adesão pode ser vantajosa.

A opção de aderir à tarifa branca será disponibilizada aos poucos para os consumidores já conectados na rede, de acordo com sua média de consumo mensal. Os primeiros a receber a permissão para migrar para a tarifa branca serão aqueles que costumam consumir muita energia.

Para quem consome, por mês, acima de 500 quilowatts-hora (kWh), poderá migrar logo no início de 2018. Esse primeiro grupo atinge 5% do total de consumidores residenciais. Para os consumidores acima de 250 kWh, o prazo será a partir de 2019 e, para abaixo disso, será em 2020.

O consumo médio do brasileiro é de 160 KWh. O consumo mensal é impresso na conta de luz enviada pela distribuidora. A medida não é válida para quem é incluído na tarifa social de energia.

Horários de pico

A lógica para adoção da tarifa branca é que o sistema de energia elétrica é mais congestionado nos horários de pico, por isso o custo real da eletricidade naqueles momentos é mais elevado do que quando há menor consumo.

A tarifa branca tem como ponto positivo o fato de o consumidor ter a possibilidade de saber qual é a pior e a melhor hora para gastar mais energia, disse o presidente da Abradee, Nelson Leite. Um exemplo é que o consumidor poderá escolher quando é mais vantajoso lavar e passar roupas ou ligar o ar-condicionado.

“Será preciso ter cuidado ao escolher a tarifa branca”, alerta. “O consumidor tem que fazer uma série de análises para saber se é vantajoso ou não. Quem puder remanejar o consumo para fora da hora de pico, terá vantagem. Tem que fazer as contas e analisar direitinho para não se arrepender depois.

Nos dias úteis, o valor da tarifa branca vai variar de acordo com três horários, chamados de postos tarifários: ponta, intermediário e fora de ponta. A tarifa de energia será maior do que a tarifa convencional nos horários de “ponta” e “intermediário” e menor nos horários fora de ponta.

Horários de “ponta” são as três horas de maior consumo de energia de cada distribuidora (geralmente, no fim da tarde e início da noite); “intermediários” referem-se ao período de uma hora anterior e posterior ao horário de ponta; e “fora de ponta” são todos os outros demais horários.

Adesão

É importante que o consumidor, antes de optar pela tarifa branca, conheça seu perfil de consumo e a relação entre a tarifa branca e a convencional, que varia segundo a distribuidora. Quanto mais o consumidor deslocar seu consumo para o período fora de ponta e quanto maior for a diferença entre essas duas tarifas, maiores são os benefícios da tarifa branca.

A tarifa branca não é recomendada se o consumo for maior nos períodos de ponta e intermediário e não houver possibilidade de transferência do uso dessa energia elétrica para o período fora de ponta. Além disso, se o consumo for uniforme ao longo do dia, não vale a pena aderir ao novo modelo.

Após fazer toda a avaliação necessária sobre o consumo de energia e os horários em que há mais gente em casa, e ter constatado que vale a pena apostar na tarifa branca, o consumidor poderá fazer a requisição de mudança junto à distribuidora.

Após a solicitação, a empresa terá até 30 dias para efetuar a instalação do novo medidor de energia, que deve ser capaz de medir o consumo nos diferentes horários. A distribuidora será responsável pela aquisição e instalação do medidor, sem custo algum para o consumidor.

Caso queira voltar atrás, o consumidor poderá solicitar o retorno à tarifa convencional a qualquer momento. O prazo para a mudança também será de 30 dias.

Quando receber a conta de luz, deverá estar clara a informação de quanto foi consumido e o valor cobrado por cada kWh em cada um dos três horários. A diferença entre a tarifa convencional e a tarifa cobrada quando o consumidor optar pela tarifa branca também vai variar de acordo com a distribuidora.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Parte da população está encontrando dificuldades para ter um sono reparador agora que chegou o horário de verão
Lula disse que o maior problema do Brasil não é a Previdência, como sustenta o governo de Michel Temer
https://www.osul.com.br/conta-de-luz-dos-brasileiros-tera-adicional-menor-em-dezembro-diz-agencia-nacional-de-energia-eletrica/ A partir do ano que vem, a conta de luz poderá variar conforme o horário de consumo 2017-12-06
Deixe seu comentário
Pode te interessar