Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de fevereiro de 2017
Ao integrar os serviços de inteligência das polícias, e destinar recursos às atividades-fim de cada corporação, o Plano Nacional de Segurança assinado na última sexta-feira pelos ministros da Casa Civil, da Justiça e Segurança, e o governador José Ivo Sartori, marca um início promissor. Soma-se a isso a injeção de recursos na atividade-fim de cada uma das corporações. A síntese do plano é organizar as forças de segurança para combater o crime, que hoje está muito bem organizado.
Fazendo clínica geral
Apenas um exemplo dos problemas – dentre outros – que desviam a atenção das corporações, está nas atividades de realização de Boletins de Ocorrência, e até mesmo de investigação realizadas pelas polícias militares, invadindo competência das polícias judiciárias, as polícias civis. Esta incursão em áreas estranhas, tira efetivo das ruas e cria uma casta de “agentes secretos” militares.
O blefe dos azuizinhos
A comunidade da Capital e das grandes cidades já teve uma grande perda no policiamento ostensivo e até mesmo de trânsito quando surgiu a figura do “azulzinho”, uma invenção dos governos para criar mais uma estrutura de empregos, cargos de confiança e de arrecadação para o caixa municipal. A promessa, quando do surgimento dos guardas de trânsito seria de destinar mais policiais militares ao policiamento das ruas, livrando-os do policiamento de trânsito. O resultado: ganhamos um efetivo de guardas municipais voltados unicamente para a aplicação de multas, e perdemos os policiais militares que, ao realizarem policiamento de trânsito, estavam diariamente nas ruas de forma ostensiva.
A invenção dos bombeiros militares
Outra estrutura que terá um alto preço a ser pago pelos cidadãos, será o processo de desmembramento dos Bombeiros, da Brigada Militar. Serão duas corporações militares, dois comandantes-gerais. Enquanto nos países desenvolvidos, os bombeiros representam instituições civis, aqui teremos duas estruturas pesadas, com comandantes, funções gratificadas de estado-maior, ajudantes de ordens, e tudo o mais que a burocracia exige. O risco é que tenhamos até banda do corpo de bombeiros.
Motim com inspiração política
O ministro chefe da Casa Civil da presidência da República, Eliseu Padilha, avalia, com base em informações da área de inteligência do governo, que os motins de policiais militares no Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), e no Pará (PA), têm motivação política.
Perdendo o sono
Na cúpula do governo da Capital já há quem perca o sono imaginando o resultado final das investigações que estão apurando denúncias de irregularidades nas gestões passadas do DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) e Fasc (Fundação de Assistencia Social e Comunitária), dois órgãos outrora controlados pelo PP.
Olha o nível
O prefeito de São Paulo, João Doria, enfrenta um tipo de oposição que algumas vezes opera de forma similar por aqui: ao instalar um mutirão de consultas pelo SUS, o “Corujão” que funciona à noite, Dória deparou-se com um problema inusitado: cerca de 30% das consultas agendadas, eram falsas, ou solicitadas por pessoas que não precisavam do atendimento. Destinadas a prejudicar o atendimento aos que realmente necessitam das consultas. Há quem entenda que, ao atrapalhar o governo no atendimento a paciente do SUS, está fazendo oposição.
Voltar Todas de Flávio Pereira