Armando Burd Convenção da cobrança
Por Redação O Sul | 12 de maio de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Partido Progressista realizou ontem a convenção do diretório municipal, lotando o plenário da Câmara de Porto Alegre. O presidente Kevin Krieger, encerrando seu mandato, defendeu candidatura própria à Prefeitura da Capital no próximo ano. Apontou o vice-prefeito Gustavo Paim e os vereadores Ricardo Gomes e Mônica Leal como os mais cotados. Lembrou também que, em 2016, apoiou o PSDB como cabeça de chapa à Prefeitura. O gesto se repetiu no ano passado, quando o PP abriu da candidatura de Luis Carlos Heinze ao governo do Estado para ficar ao lado dos tucanos. “Agora”, acrescentou, “chega o momento da reciprocidade. Eles precisam aceitar e apoiar o nosso candidato a prefeito.”
Experiência
A presidência municipal do PP foi assumida pelo vereador João Carlos Nedel, que também enfatizou a candidatura própria. Com seis mandatos na Câmara, tem experiência para tratar dos entendimentos com os demais partidos. O evento de ontem contou com as presenças de representantes de PTB, DEM, Prós, MDB, PL e PSDB.
O prefeito Nelson Marchezan Júnior não compareceu.
Lado a lado
Com o anúncio de ontem, Marchezan vai conviver no mesmo andar do Paço Municipal com o possível adversário, o vice-prefeito Paim.
Transparência
Kevin Krieger, ao encerrar a gestão, apresentou num telão o relatório financeiro completo, exemplo que deveria ser seguido por todos os partidos. Quando assumiu, em 2013, tinha 20 mil reais em caixa. Este mês, o saldo subiu para 415 mil e não tem dívidas a pagar.
Entra na corrida
No plenarinho da Assembleia Legislativa, o diretório municipal do PTB reuniu-se ontem. Ao tratar de sucessão à Prefeitura, indicou o deputado federal Mauricio Dziedricki como candidato.
Mais um
No começo de 2018, o deputado federal Giovani Cherini fez um pacto com lideranças do PL (ex-PR) e amigos: caso se reelegesse com mais de 150 mil votos, concorreria à Prefeitura de Porto Alegre. Obteve 151 mil e 719. O partido prepara o pré-lançamento da sua candidatura a 22 de junho.
Caso raro
O prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, surge como candidato de consenso para presidir e pacificar o diretório estadual do PSB, atualmente mergulhado em conflitos.
Outros dois políticos da mesma cidade comandam diretórios no Estado: Juliano Rosso (PC do B) e Mateus Wesp (PSDB).
Trombetas da oposição vão soar
Faltam 10 dias para o governo federal anunciar novo corte de despesas. Está difícil conter em 139 bilhões de reais o déficit no orçamento deste ano.
Fim de uma era
A 12 de maio de 1996, a equipe econômica do Ministério da Fazenda concluiu programa para solucionar a crise dos bancos estatais. Resumia-se à oferta de recursos do Tesouro Nacional. Em troca, os governos estaduais perderiam o controle acionário das instituições financeiras.
Não gostam
Dos grandes Estados, o Rio Grande do Sul foi o único que não repassou o seu banco à iniciativa privada. Até hoje, a condição do Banrisul incomoda tecnocratas em Brasília. Não se conformam com a existência de uma instituição administrada com responsabilidade.
Na terra da escassez
A fronteira com o Brasil foi reaberta e o que se vê são venezuelanos com fome comprando alimentos, carregando sacos nas costas e voltando à ditadura de Maduro.
Para tirar soluções da cartola
A cada dois anos, promotores perguntam se Porto Alegre não se interessa em sediar o Festival Internacional dos Mágicos. Aproveitariam para uma apresentação-aula a servidores da Secretaria da Fazenda. Estão precisando.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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