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Por Redação O Sul | 4 de fevereiro de 2017
O corpo da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva vai ser velado neste sábado (04), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, em São Paulo. A previsão é que o velório ocorra das 9h às 15h. Depois, haverá uma cerimônia de cremação reservada à família no Cemitério Jardim da Colina, também em São Bernardo.
Dona Marisa foi internada no dia 24 de janeiro no Hospital Sírio-Libanês, no Centro de São Paulo, depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral hemorrágico provocado pelo rompimento de um aneurisma. O óbito foi constatado às 18h57min de sexta-feira (03), segundo boletim médico. Lula e sua família autorizaram a doação dos órgãos.
Seguindo o protocolo oficial para constatar a morte cerebral, os médicos submeteram dona Marisa a dois testes: o primeiro ocorreu às 12h05min e o segundo, às 18h05min de sexta. O protocolo determina que o último exame seja conduzido por outro médico para comprovar a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais.
Nas redes sociais, Lula lembrou com carinho da esposa. “A ex-primeira-dama costurou a primeira bandeira do PT, começou a trabalhar aos 9 anos e organizou resistência das mulheres durante as grandes greves do ABC.”
Ao saber da morte de dona Marisa, o presidente Michel Temer decretou luto de três dias no País. Na quinta-feira, um boletim médico divulgado pelo hospital informou que um doppler transcraniano identificou a ausência de fluxo cerebral. Em seguida, Lula publicou em seu pefil no Facebook uma mensagem agradecendo o carinho e informando que a família autorizava a doação de órgãos.
Quando foi internada, dona Marisa passou por um procedimento de emergência, que durou cerca de duas horas, para conter a hemorragia no cérebro. Os médicos fizeram uma arteriografia cerebral para localizar a lesão e depois introduziram um cateter até a região afetada para estancar o sangramento.
Um exame realizado na segunda-feira (30) detectou a presença de trombose venosa profunda nas veias das pernas. Os médicos realizaram a passagem de um filtro de veia cava inferior para prevenir a ocorrência de embolia pulmonar.
Na terça-feira (31), os médicos tiraram a sedação. Na quarta-feira (1º), ela teve uma piora no seu quadro clínico no início da noite e voltou a ser sedada. A pressão intracraniana e a inflamação no cérebro tinham aumentado. O quadro clínico ficou irreversível, segundo os médicos. (AG)