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Brasil Corpos do desastre da barragem em Brumadinho só deverão ser identificados por exames de DNA

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Estado de decomposição de corpos não permite apenas a análise de digitais. (Foto: Agência Brasil)

Está cada vez mais difícil recorrer apenas à papiloscopia (análise das impressões digitais) para se obter a identificação dos corpos resgatados da lama da barragem da Vale em Brumadinho (MG). Passadas mais de duas semanas desde o desastre, o estado de decomposição dos corpos faz com que agora o procedimento só possa ser feito por meio da comparação do DNA extraído dos restos mortais com o material genético colhido de parentes de primeiro grau dos desaparecidos.

Até a última terça-feira, o IML (Instituto Médico-Legal) de Minas Gerais já havia feito a coleta em 500 indivíduos que procuram por parentes que estão possivelmente entre as vítimas. Na noite de sexta-feira, o número de corpos identificados chegou a 151. Outras 182 pessoas ainda não tinham sido localizadas.

De acordo com o superintendente de polícia técnico-científica do IML, Thales Bittencourt, existem cerca de 60 famílias que ainda não forneceram material genético para a comparação do DNA extraído dos corpos e fragmentos resgatados da lama.

Ele afirma que médicos legistas estariam na Estação do Conhecimento, um dos centros de atendimento aos atingidos em Brumadinho, na quinta e sexta-feira, para “coletar material genético de familiares que ainda não fizeram o cadastro na Polícia Civil. Estamos pedindo também que esses parentes entreguem ao IML objetos de uso pessoal dos desaparecidos, como escova dental e de cabelo, e exames radiológicos”.

Em Belo Horizonte, famílias que ainda não fizeram o cadastro, podem procurar a Academia da Polícia Civil, no bairro Nova Gameleira, para fornecer o material genético que será extraído da mucosa oral de parentes de primeiro grau, procedimento que não precisa ser agendado.

O superintendente do IML explica como é feita a comparação do DNA. “É extraído um fragmento do músculo ou cartilagem dos corpos que chegam ao IML, material que é enviado ao laboratório do Instituto de Criminalística da Polícia Civil e os dados armazenados em um programa de computador. Os materiais colhidos de familiares dos desaparecidos também alimentam esse banco de dados para o cruzamento das informações.”

A identificação por DNA se faz necessária devido ao estado de putrefação dos corpos e segmentos encontrados na lama de rejeitos tóxicos. Até terça-feira, a comparação genética ainda não tinha sido utilizada.

“Dos 126 corpos identificados até terça no Instituto Médico Legal desde o início da tragédia, 122 foram por impressões digitais e quatro pela arcada dentária. Mas, na medida em que o tempo vai passando, a identificação só será possível através da comparação do DNA”, explicou o legista. “A medicina não é uma ciência exata.”

“A partir de agora fica mais difícil o reconhecimento por papiloscopia, mas isso não é impossível”, prosseguiu. “Existem corpos que demoram mais que outros para entrarem em decomposição. O importante, neste momento, é colher material genético de todos os familiares que perderam seus parentes na tragédia, para a formação de um banco de dados completo. Nosso principal objetivo é uma maior rapidez na identificação e liberação dos corpos, para diminuir a espera das famílias que já estão sofrendo tanto com essa tragédia.”

Efetivo

O Instituto Médico Legal de Minas Gerais conta com cerca de cem médicos legistas, trabalhando dia e noite para o reconhecimento dos corpos. Além do efetivo próprio, integram a equipe, profissionais do Distrito Federal e de São Paulo.

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https://www.osul.com.br/corpos-do-desastre-da-barragem-em-brumadinho-so-deverao-ser-identificados-por-exames-de-dna/ Corpos do desastre da barragem em Brumadinho só deverão ser identificados por exames de DNA 2019-02-09
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