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Armando Burd Corrida contra o tempo

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governo espera aprovar até outubro a Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos. Enviada ao Congresso Nacional, prevê que o teto para o aumento nas despesas públicas será igual à inflação do ano anterior. Pela proposta, essa base de cálculo terá duração de 20 anos.

É a tentativa do presidente Michel Temer de conter a expansão do déficit e consequente acréscimo de empréstimos e pagamento de juros.

NAS ALTURAS

O placar eletrônico jurômetro atingiu 150 bilhões de reais ontem à noite. É o total pago pelo governo federal para rolar sua dívida desde 1º de janeiro deste ano. Os bancos soltam foguetes sem parar.

DIFERENÇA

Na última campanha presidencial, os candidatos fugiram do debate sobre modelos de gestão pública. Alguns achavam que o endividamento é o caminho para gerar desenvolvimento. Outros queriam estancar o pagamento de juros, buscando conter os gastos dentro de limites. Venceu a primeira hipótese.

FRENTE A FRENTE

O que se viu em Brasília não deixa de ser um acordo de enforcados. O governo federal, que terá rombo de 170 bilhões de reais, concedeu favores aos estados, que andam em situação pior ainda.

INVIÁVEL

A carga tributária brasileira é um dos obstáculos à atividade econômica. Com patamar acima das economias emergentes, os governos recolhem 36 por cento do Produto Interno Bruto. Será suicídio aumentar impostos para tirar a economia da letargia.

EM CURTO ESPAÇO DE TEMPO

PC Farias, caixa 2 de Collor, era o maior arquivo vivo do País até 23 de junho de 1996, quando morreu. Não se imaginava que, 20 anos depois, sua manobra se tornaria conto infantil se comparada com o longa metragem de horror dos dias de hoje.

EXPLICAÇÃO

Resposta de um professor em sala de aula, quando um aluno perguntou sobre globalização: “É a possibilidade de um habitante de Londres comer um mamão produzido em Manaus; um morador de Pelotas consumir trigo trazido da França ou uma maçã da Argentina; um doente na Índia poder curar-se com um medicamento feito na Alemanha ou um chileno escrever contra a globalização em seu notebook japonês.

RÁPIDAS

* Vilson Covatti só não será o novo superintendente do Ministério do Trabalho no Estado se não quiser.

* Assessores de gabinetes estranham a presença demasiada de auditores do Tribunal de Contas no Palácio Farroupilha.

* O deputado estadual Enio Bacci propõe voto de congratulações ou moção de apoio ao juiz Sérgio Moro.

* Quando se encaminha o entendimento entre governo e magistério, há parlamentares querendo jogar lenha seca e gasolina na fogueira.

* O Executivo convocará a Assembleia para sessões extraordinárias durante o recesso que começará a 17 de julho.

* Ouvido ontem nos corredores da Câmara dos Deputados: “Eduardo Cunha é sempre um perigo, seja como amigo ou inimigo.”

* O Uber foi aprovado ontem pela Câmara Distrital e estará liberado em Brasília.

* O empresário Eike Batista perde o título de autor do maior pedido de recuperação judicial do País.

* Deu no site: “Renan diz que o Senado é a solução para crise”. Nada como a tradicional prática do autoelogio.

* Os últimos anos têm mostrado que às vezes a experiência não ensina, mas corrompe.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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