Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Esporte Craque brasileiro revela: “Se eu não fosse jogador, teria sido um assassino”

Compartilhe esta notícia:

Brasileiro atua hoje na Inter de Milão. (Crédito: Reprodução)

O volante Felipe Melo fez uma reflexão sobre a sua vida em uma entrevista ao canal italiano Sky Sports. O jogador do Inter de Milão recordou seu começo complicado nos gramados e o ambiente em que vivia na época, cercado pela criminalidade. O brasileiro revelou que se não fosse atleta, teria se tornado um assassino. “Se eu não fosse jogador de futebol, teria sido um assassino. Eu vivi em uma das favelas mais perigosas de Volta Redonda [Rio de Janeiro], e ali havia drogas e armas. Deixei aquela vida para perseguir o meu sonho. Às vezes, eu ia para os treinamentos e na volta algum dos meus amigos tinha morrido. Eu tive que dizer sim ao futebol ou a uma vida ruim. E eu disse sim ao futebol e tive uma vida diferente”, afirmou.

Vida de jogador profissional afastou atleta do crime. 

Como jogador profissional, ele teve tempo para encontrar o caminho. Abandonou o Flamengo, onde começou nas categorias de base, e então passou pelo Cruzeiro e Grêmio, onde uma grande mudança aconteceu na sua vida. “Quando eu conheci minha esposa, nasceu o outro Felipe Melo. No Grêmio, sempre gastei todo o salário e tinha uma vida estranha. Eu tive três filhos com ela e foi com a minha família que eu ganhei tudo o que tenho agora. Depois de Deus, eles são o mais importante. Dizem que por trás de todo grande homem está uma grande mulher, e eu digo que a mulher está sempre ao lado”, contou.

Infância difícil. 

Quando criança, Felipe Melo teve que trabalhar duro para dar certo no futebol. O volante agradeceu ao pai por tudo que ele fez por ele, já que foi fundamental na sua trajetória no futebol. “Quando entrei Flamengo foi difícil, porque em primeiro lugar tinha que pegar um ônibus que levava duas horas para chegar no treino. Meu pai tinha que pagar o transporte e sempre fazia dupla jornada de trabalho. Depois, ele largou o emprego e começou a me levar aos treinos. Quando eu tinha dez anos, eu era apenas um garoto que queria jogar com os amigos e me perguntava por que tudo era tão difícil. Agora, eu dou muita importância a esses sacrifícios porque eles me permitiram chegar aqui”, disse.

Sem vocação para assassino. 

Após a grande repercussão de suas declarações, Felipe Melo resolveu esclarecer melhor seu posicionamento nas redes sociais. “Sei que algumas pessoas devem ter ficado chocadas com minha declaração de que se não fosse jogador, seria um assassino, mas eu explico. Concedi a entrevista a um veículo de imprensa italiano, falando em italiano e, na hora, me fugiu a palavra no idioma. Quis dizer, na verdade, que se não fosse jogador, poderia acabar me enveredando no mundo do crime. Assassino, certamente não seria. Mas, claro, que tem outros aspectos, além do futebol, que me influenciaram a não me tornar um marginal e viver à margem do que é correto, do que Deus aponta. Sou de uma família cristã e tenho Deus no coração. Embora presenciasse tudo de errado, nunca tive curiosidade nenhuma de experimentar nenhum tipo de droga. Embora todos estes anos na Europa, que é comum o jogador fumar, detesto cigarro. Sempre respeitei meu corpo e, por isso, chego aos 32 anos jogando em alto nível. Estou feliz por ser titular em uma equipe como a Inter de Milão e não vou deixar essa matéria estragar o meu momento, mas não culpo o veículo para o qual falei e os que reproduziram, pois, apenas, me expressei de maneira errada. Não gosto de perder nem par ou ímpar, por isso essa garra, essa determinação em campo, mas sou um cara do bem, que ama a esposa, os quatro filhos… Certamente, ser competitivo, me levou a essa grande vitoria na vida pessoal e profissional.” (AG)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Esporte

Pai de Neymar quer tirar filho do Barcelona por ciúme de Messi
Educação sexual é mais importante que caça a pedófilos, diz a campeã de natação que foi vítima de abuso na infância
https://www.osul.com.br/craque-brasileiro-revela-se-eu-nao-fosse-jogador-teria-sido-um-assassino/ Craque brasileiro revela: “Se eu não fosse jogador, teria sido um assassino” 2016-04-28
Deixe seu comentário
Pode te interessar