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Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2015
A diferença de desempenho entre as escolas públicas brasileiras mais pobres e as mais ricas aumentou na última década. É o que mostrou a comparação entre estudantes de diferentes níveis socioeconômicos na Prova Brasil, avaliação do governo federal que mede o desempenho em português e matemática a cada dois anos.
A análise é do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Em 2005, a diferença das notas entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos para o 5 ano em português foi de 20 pontos. Em 2013, mais do que dobrou: cravou 42 pontos, salto de 110%. O mesmo problema ocorreu em matemática: a diferença avançou de 20 pontos para 47, acréscimo de 139%.
A desigualdade também cresceu no 9 ano. Em 2005, a diferença entre a média das escolas de nível socioeconômico mais baixo e mais alto era de 24 pontos em português. Em 2013, subiu para 28 – 14% mais alta. Já em matemática, a diferença teve um crescimento de 16%.
Apesar disso, tanto o nível mais baixo quanto o mais alto tiveram notas aquém do esperado. O movimento Todos pela Educação considera que, nos anos iniciais, os estudantes deveriam ter chegado, no mínimo, a 200 pontos em português e 225 em matemática (a realidade foi, respectivamente, 182 e 205). Nas séries finais, as notas mínimas deveriam ter sido 275 pontos em português e 300 em matemática, mas alcançaram, 237 e 242. (AE)