Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2015
Um cientista alemão amarrou o pastor Stephan Bernstein a uma estrutura de metal. Bernstein está vendado e com fones de ouvido para garantir que ele não veja nem escute a máquina que está prestes a golpeá-lo.
Não se preocupe, pois Bernstein, 54, vai ficar bem. Ele é um dos 15 voluntários que está colaborando com os pesquisadores do Fraunhofer IFF Institute, em Magdeburg, na Alemanha, para descobrir o que é necessário fazer para garantir que os robôs não esmaguem seus colegas humanos quando trabalharem lado a lado em uma fábrica.
Os robôs colaborativos – apelidados de “cobots”, em inglês – precisam ser configurados para que possam perceber seus colegas de carne e osso e desacelerarem ou pararem depois de uma colisão inesperada para não perfurar a pele ou amputar membros. Mas com que força um robô poderia bater em uma pessoa sem causar danos? Como isso muda quando o robô está com um acessório mais afiado no braço ou entra em contato com uma parte sensível do corpo? Essas são perguntas que Roland Behrens, um cientista que está trabalhando com voluntários como Bernstein, quer que sejam respondidas.
Com o objetivo de realizar os testes, a equipe designou uma máquina que batesse nas pessoas para registrar o impacto. Essencialmente, trata-se de um pêndulo mecânico que imita um membro robótico.
“Isso é especialmente importante à medida que os robôs ficam mais sofisticados”, disse Behrens. “É um passo importante para chegarmos a ter robôs em casa.”