| Criminosos russos “sequestram” satélite para roubar dados militares

Hackers aproveitam dados enviados pelos satélites antigos que não são criptografados. (Nasa/EFE)

Criminosos russos que invadem o sistema de satélites comerciais e militares para roubar informações sigilosas dos Estados Unidos e da Europa. Os hackers do grupo que os especialistas denominaram Turla não são os vilões do próximo filme de James Bond ou outro agente secreto. De acordo com empresas de segurança cibernética ouvidas pelo jornal norte-americano The Washington Post, eles são reais e não miram apenas as agências militares.

Stefan Tanase, pesquisador da empresa de segurança Kaspersky Lab, disse que organizações ligadas ao Kremlin, gigantes farmacêuticos e embaixadas na Rússia, China e dezenas de outros países são alvos. Os especialistas afirmam que o objetivo do grupo ao atacar alvos militares e diplomáticos nos EUA, Europa, Oriente Médio e Ásia Central é obter dados políticos e estratégicos.

Os hackers do Turla aproveitam o fato de que os conteúdos enviados pelos satélites antigos não são criptografados. Eles instalam um malware em um site que sabem que o alvo costuma visitar e, assim que ele entra no site, seu computador é infectado e passa a ser monitorado pelo grupo.

Criatividade
Esses hackers estariam na ativa há pelo menos oito anos e aproveitam o acesso aos satélites para confundir os investigadores sobre sua localização. Tanase disse que o nível de criatividade do grupo não é comumente visto em hackers, mesmo os mais avançados. (Veja)

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