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Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2016
Incertezas no Brasil aceleraram a procura da elite por alternativas que considera mais seguras para aplicar seus recursos fora do País. Corretores e advogados relataram um aumento na compra de imóveis em Nova York (EUA) no último ano, quando a crise nacional se aprofundou. Além da questão financeira, há um movimento em busca de melhor qualidade de vida. Nesses casos, benefícios fiscais oferecidos por governos europeus, como Portugal, também têm surtido efeito.
Nos EUA, o controle menos rígido sobre a origem do dinheiro incentiva investimentos. Instrumentos jurídicos que permitem o uso de empresas de fachada e offshores são comuns na aquisição de imóveis por estrangeiros em Nova York. Além de, em alguns casos, dificultarem a identificação do proprietário, ajudam a evitar o imposto de herança, que nos EUA pode chegar a 50% do valor do imóvel.
“Muitos brasileiros compram em nome de empresa constituída em paraíso fiscal [Bahamas ou Bermudas, por exemplo] para evitar a incidência do imposto”, disse a advogada Michelle Viana, especializada no ramo imobiliário, que atua em Nova York. Mesmo quem já tem propriedades na cidade tem adquirido outras. Um cliente de Michelle, médico paulistano, comprou o terceiro apartamento em Nova York.