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Economia Crise está próxima e será muito pior que a de 2008, diz economista que previu derrocada da lira turca

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O economista Tim Lee, que alertou para risco de colapso na Turquia. (Foto: Reprodução)

A nova crise econômica está próxima, deve ser provocada pelo elevado endividamento das empresas em um cenário de juros subindo no mundo, e os bancos centrais terão poucos instrumentos para conter danos nas economias, afirma Tim Lee, economista e fundador da consultoria pi Economics.

Lee foi um dos poucos nomes que previram a crise iniciada em 2007 e também um dos que alertavam para os problemas que a Turquia enfrentou neste ano. “É mais uma crise no mercado de crédito corporativo e no mercado de ações”, diz. “Há sinais de alertas. Vamos ter uma crise, e não deve estar muito longe agora.”

A crise pode ser pior que a anterior, pelos poucos instrumentos que os bancos centrais têm à disposição após dez anos de tentativa de estabilização econômica, diz.

Na semana que passou, os prognósticos de Lee ganharam força. O ambiente foi turbulento para as Bolsas globais, em especial para os principais indicadores americanos, que zeraram os ganhos no ano.

Dúvidas sobre a trégua comercial entre Estados Unidos e China amplificaram preocupações de investidores, enquanto a desaceleração econômica global no próximo ano já é dada como certa e a hipótese de uma recessão americana começa a tomar forma no mercado.

“É um tema complicado, mas estou muito convicto de que vamos ter uma outra crise financeira. Ela será pior de muitas formas. O mercado acionário vai afundar, empresas endividadas terão problemas, e muitas vão falir. A crise de 2007 a 2009 foi majoritariamente uma crise bancária. Os bancos agora, de uma maneira geral, estão mais fortes. Não será uma crise bancária, mas uma crise no mercado de crédito corporativo e no mercado de ações”, alerta.

Segundo ele, os problemas que havia em 2007 e 2009 não foram resolvidos. “Há muita dívida e, na minha opinião, poupança insuficiente. Muito dessa dívida financiou o consumo e outras coisas que não dão retorno financeiro. Mesmo na China há uma grande quantidade de dívida, que está financiando o investimento. E muito desse investimento não faz sentido, como a construção de quarteirões de prédios residenciais. É muita especulação. As pessoas estão começando a perceber que um dos setores mais endividados no mundo é o corporativo. Nos Estados Unidos, as pessoas já começaram a se perguntar o que está acontecendo com a General Electric e com outras companhias. Por muito tempo, Wall Street estava se perguntando por que as empresas pareciam ter tanto caixa. A maioria, porém, tem muitas dívidas e pouca poupança — e essa foi a real causa macroeconômica da última crise.”

Se o mercado de ações cair, a economia vai ficar fragilizada muito rapidamente, explica. “A maioria das pessoas de Wall Street vai dizer que não precisa se preocupar com o mercado de ações, porque a economia está bem. Mas, na minha opinião, não é a economia que dirige o mercado de ações, é o contrário — o mercado de ações tem sido dirigido por esse fenômeno de empresas tomando dinheiro emprestado para comprar suas ações.”

O especialista fez uma análise do cenário brasileiro. “Muitas empresas brasileiras tomaram dinheiro emprestado em dólar. O Brasil manteve os juros elevados, mas eles caíram nos últimos anos. Assim, o país tem uma proteção em comparação a outros emergentes porque está indo na direção contrária de boa parte do resto do mundo, onde os juros estão subindo.”

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