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Brasil Crise na Venezuela foi provocada por atores externos, diz Celso Amorim

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O ex-chanceler Celso Amorim participa de evento de grupos a favor de Nicolás Maduro em São Paulo. (Foto: Folhapress)

O ex-chanceler Celso Amorim disse nessa sexta-feira (1º) que “a ação de atores externos” levou à crise na Venezuela e condenou o presidente dos EUA, Donald Trump, por declarar que teria a opção militar para resolver a situação. Amorim falou em um ato de organizações que apoiam o regime de Nicolás Maduro, do qual se ofereceu a participar após a ameaça de Trump, que considerou “a gota d’água”.

Para o ex-ministro, a iniciativa de governos de esquerda de criar blocos sem os EUA, como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe) “foi decisiva para todos os serviços se juntassem para atacar”. “Essas coisas incomodaram muito. Acho que os outros perceberam isso, e decidiram agir.”

Ele insinuou também que estes atores provocaram a queda dos preços do petróleo, o que agravou a crise econômica venezuelana. “Com um conflito russo na Ucrânia, um conflito entre o Irã e Arábia Saudita e a situação da Venezuela, é muita coincidência que os preços do petróleo tenham baixado tanto.

A ameaça de Trump, afirma, “foi o que definiu a ter que estar do lado certo”. “Foi um incentivo a todos os terroristas e forças reacionárias para que comecem usar a força e cobrem a ele para que venha [a concretizar a intervenção].” Amorim criticou os atuais governos de região por não agirem de forma mais incisiva contra o americano. “Defender a Venezuela neste caso é defender o Brasil”, disse.

“Contra isso temos que ter a resistência daqueles que praticam a paz. Não basta ser apenas a defesa das pessoas de esquerda. Temos que convencer todos os amantes da paz a condenarem a violência na Venezuela.”

Defesa

Além de Amorim, também discursaram o dirigente do MST João Pedro Stédile, o líder do MTST Guilherme Boulos, o ex-deputado petista Luiz Eduardo Greenhalgh e o cônsul venezuelano em São Paulo, Robert Torrealba. Stédile chama as manifestações da oposição de “tática ucraniana” dos EUA para derrubar Maduro — em referência aos protestos que levaram à queda de Viktor Yanukovich em 2014, depois de as outras alternativas fracassarem.

“O que os fascistas fizeram? Contrataram um bando de mercenários que passou quatro meses tocando o terror”, disse Stédile, que atribuiu às forças de segurança só 5 das 124 mortes nos atos —a ONU diz que foram 73.

Líder de mobilizações que já foram alvo da polícia no Brasil, Boulos chamou a oposição “direita golpista e da barbárie” e cita como exemplo a acusação do regime de que seus rivais queimaram 19 pessoas por serem chavistas.

Até o momento, Maduro ainda não mostrou provas de que todos esses homicídios realmente aconteceram. Também não apresentou provas de que houve intenção política no único caso conhecido, ocorrido em 20 de maio — testemunhas dizem que o homem foi queimado porque roubava manifestantes.

“Não cabe a Temer e a Trump julgar Maduro. A nós cabe defender, com unhas e dentes, o processo democrático na Venezuela. A Venezuela é o bastião da resistência na América Latina.”

O evento, que reuniu 200 pessoas, foi organizado pelo Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela, grupo criado em 31 de julho, dia seguinte à eleição da Assembleia Constituinte, e reúne o PT, o PCdoB, a CUT e outros grupos de esquerda.

Em seu manifesto, ele considera a Casa chavista “o caminho para a paz e a normalidade, para retomar o caminho do desenvolvimento e da prosperidade, para superar a crise institucional e construir um programa que reunifique a pátria vizinha” — mesmo argumento de Maduro. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/crise-na-venezuela-foi-provocada-por-atores-externos-diz-celso-amorim/ Crise na Venezuela foi provocada por atores externos, diz Celso Amorim 2017-09-02
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