Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2017
Exatamente no momento em que as empresas começavam a recuperar o fôlego após dois anos seguidos de recessão, a delação dos executivos do grupo JBS, que envolveu o presidente Michel Temer, jogou o Brasil em uma nova onda de incerteza. Dentre as consequências imediatas da grave crise política estão a paralisia em acordos que estavam para ser fechados – como fusões e renegociações de dívidas – e a suspensão de projetos de abertura de capital.
Em um período no qual as vendas começavam a se reanimar, empresas também já sentiram os primeiros impactos negativos em seu dia-a-dia. O presidente da MAN/Volkswagen no Brasil, Roberto Cortes, desistiu de participar de uma reunião de acionistas na matriz da fabricante de ônibus e caminhões, na Alemanha. “Eu achei melhor ficar por aqui, acompanhar a situação e continuar o trabalho para a recuperação do mercado”, ressaltou.
Na agência de viagens CVC, por sua vez, a ordem é garantir que as equipes se mantenham focadas nas vendas. “É claro que a alta do dólar afeta um pouco o passageiro internacional, mas não podemos perder tempo pensando no governo. Aqui é ‘varejão’ mesmo, abrimos a lojinha todo dia”, afirmou Luiz Falco, presidente da empresa, que no início deste mês fechou a aquisição do grupo Trend, por 258 milhões de reais. “Temos mostrado resistência à crise, tanto que crescemos entre 5% e 6% nos últimos anos, mas claro que a situação não é um passeio no parque.”