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Mundo O presidente Donald Trump disse que há consequências para quem entra ilegalmente nos Estados Unidos com ou sem crianças

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Trump pediu ao Congresso que mude a legislação migratória atual. (Foto: NASA/Aubrey Gemignani)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu neste domingo que cruzar a fronteira do país ilegalmente tem consequências, “seja com ou sem crianças”, e pediu ao Congresso que mude a legislação migratória atual, que ele tachou como “a pior e mais idiota” no mundo todo.

“É preciso compreender que há consequências quando as pessoas cruzam nossas fronteiras, seja com ou sem crianças – e muitos estão simplesmente usando crianças para seus próprios propósitos sinistros”, afirmou o presidente no Twitter.

A Casa Branca foi alvo de várias críticas desde que decidiu adotar em abril uma política de “tolerância zero” contra os imigrantes que entravam no país irregularmente pela fronteira com o México, uma medida que acabou sendo suspensa em meados de junho pelas enormes críticas recebidas.

Diversos representantes do governo reconheceram que o propósito dessa política de “tolerância zero” era dissuasório, diante da incapacidade de Trump de construir um muro fronteiriço com o México ou de endurecer as leis por não contar com apoio necessário no Congresso, apesar dos republicanos controlarem as duas câmaras.

“O Congresso deve agir para regular a pior e mais idiota legislação migratória no mundo todo”, acrescentou o presidente em sua mensagem.

Em um segundo tweet, o líder disse “estar disposto a ‘paralisar’ o governo se os democratas não apoiarem com seus votos uma reforma legislativa migratória que inclua o muro!”, ignorando o fato de que já fez esta mesma ameaça no passado, mas que, por fim, diante da falta de consenso em seu próprio partido, acabou cedendo às pressões.

“Necessitamos que gente magnífica venha a este país!”, concluiu o presidente na segunda mensagem, na qual, além disso, defendeu o fim da loteria de vistos e da política de ‘catch and release’ (capturar e liberar), defendendo uma política migratória baseada em “mérito”.

Por causa dessa política de “tolerância zero”, cerca de 3 mil menores de idade foram separados de seus pais. No entanto, após uma ação movida pela União Americana de Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), o juiz federal Dana Sabraw determinou que esta norma era contrária à lei e ordenou que o governo reunificasse as famílias.

Na última quinta-feira, não obstante, terminou o prazo dado pelo juiz e, embora o governo tenha conseguido reunir 1.820 famílias, segundo números oficiais, ainda falta saber qual será o destino de 711 menores que permanecem sob custódia.

Abusos

As autoridades dos Estados Unidos receberam ao menos 125 denúncias de pedofilia em abrigos para imigrantes no país desde 2014, em um período que compreende as gestões de Barack Obama e Donald Trump.

Os dados foram divulgados pela ONG de jornalismo investigativo ProPublica, que compilou denúncias registradas pela polícia. A entidade diz ter coletado provas documentais de abusos sexuais e maus-tratos contra crianças em cerca de 70% dos abrigos geridos pelo governo.

“Se você é um predador, esses centros são uma mina de ouro. Se tem pleno acesso a crianças que sofrem há tempos”, disse Lisa Fortuna, diretora do centro de psiquiatria para crianças e adolescentes do Boston Medical Center, à ProPublica.

O departamento dos EUA para serviços sanitários desmente as acusações e afirma que seu foco é a segurança dos menores. “São crianças vulneráveis e em situação difícil, e nós tratamos cada um delas com responsabilidade”, declarou o órgão, acrescentando que tem uma política de “tolerância zero” contra abusos.

O tratamento dado pelos Estados Unidos a crianças imigrantes entrou no centro das atenções nos últimos meses, com a decisão do governo Trump de separar famílias que tentam entrar no país ilegalmente. Apesar de a Casa Branca já ter determinado o fim dessa política, cerca de 700 menores continuam longe de seus pais em abrigos nos EUA.

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