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Brasil Cunha avalia cenários para fechar delação com ou sem Janot na PGR

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O pedido de Cunha foi rejeitado pelo Tribunal por unanimidade. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) , preso pela Polícia Federal em 2016, na Operação Lava Jato, passou a discutir com advogados e familiares os cenários no caso de uma eventual delação premiada.

A equipe jurídica de Cunha oficialmente nega a intenção do ex-presidente da Câmara em colaborar com as investigações. Mas o peemedebista tem discutido o tema com um grupo restrito de advogados.

No primeiro cenário, aliados de Cunha afirmam que, após a delação de Joesley Batista, ele quer se colocar como um “trunfo” ou um “ativo” para corroborar as revelações do dono da JBS em relação ao presidente Michel Temer e os principais peemedebistas envolvidos no acordo.

O problema desse cenário, afirmam aliados de Cunha, é que o ex-deputado teme que, mesmo fazendo revelações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não aceite a proposta de acordo, já que ele transformou Janot em seu principal adversário quando estava na presidência da Câmara.

Para o Planalto, por outro lado, o cenário ideal é que Cunha deixe para depois de setembro a oferta de delação premiada, já que o mandato de Janot termina em setembro e cabe a Temer indicar o substituto. A ideia do governo é indicar um procurador-geral “anti-Janot”, mais alinhado ao Palácio do Planalto.

Além da delação de Joesley, outro fator que fez Cunha passar a considerar a colaboração, apesar de negar oficialmente , é o avanço das tratativas do doleiro Lúcio Funaro com os investigadores.

Segundo o Ministério Público Federal, Funaro e Cunha atuaram juntos em diversos esquemas, como operações na Caixa Econômica Federal.

Na semana passada, Cunha contratou o advogado Delio Lins e Silva, que já fez outras delações na Lava Jato. O advogado, porém, negou ter sido contratado para negociar a delação de Cunha. “Não tenho preconceito, mas não existe tratativa de delação”.

Depoimento 
O ex-deputado Eduardo Cunha prestou depoimento na quarta-feira (14) no inquérito que investiga o presidente Michel Temer com base nas gravações da JBS. Segundo o delator Joesley Batista, Temer deu aval para comprar o silêncio de Cunha na cadeia.

Eduardo Cunha falou por uma hora e meia na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Ele respondeu às perguntas encaminhadas pelos investigadores de Brasília responsáveis pelo inquérito.

Foram 23 perguntas sobre as investigações que surgiram com as delações de executivos da JBS. Segundo o advogado de Cunha, o ex-deputado não respondeu uma a uma, preferiu dar uma declaração genérica. Cunha, de acordo com o advogado, afirmou que nunca foi procurado nem recebeu qualquer pedido de Michel Temer ou de qualquer interlocutor do presidente para que ficasse calado.

Investigações

A investigação sobre as gravações da JBS teve início em abril, com autorização do Supremo Tribunal Federal. Nesse inquérito, o presidente Michel Temer é investigado por corrupção, obstrução de Justiça e participação em organização criminosa. Em março, Temer foi gravado por Joesley Batista, numa conversa em que, segundo os procuradores, o presidente deu aval para que Joesley mantivesse pagamentos a Cunha e para impedir revelações do ex-deputado na Lava Jato. (AG)

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https://www.osul.com.br/cunha-avalia-cenarios-para-fechar-delacao-com-ou-sem-janot-na-pgr/ Cunha avalia cenários para fechar delação com ou sem Janot na PGR 2017-06-18
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