Armando Burd Da zona nebulosa até a certeza
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Para confundir, há deputados federais que fazem jogo duplo quando respondem às diferentes pesquisas de jornais. Ontem à noite, o levantamento do PMDB, que não costuma errar, apontava 333 votos a favor do impeachment, 140 contra e 40 indecisos. Para que ocorra o afastamento da presidente Dilma, serão necessários 342. Somando os três estados do Sul, há 58 a favor, 23 contra e 5 indecisos.
A única certeza no País é de que, em dezembro deste ano, haverá mais 2 milhões de desempregados. Vão se somar a outros 10 milhões que se angustiam com o desaparecimento das vagas. Consequência da crise política que reduz a confiança dos empreendedores.
AS PREFERÊNCIAS GIRAM
Em junho de 2010, Dilma Rousseff veio a Porto Alegre para o primeiro encontro com líderes e militantes que apoiavam sua candidatura à Presidência da República. No auditório lotado do Colégio Rosário, o grupo mais ruidoso, agitando bandeiras, era do Partido Pátria Livre (PPL). Ainda sem registro definitivo na Justiça Eleitoral, o que só ocorreu em 2011, sacudia bandeiras e gritava slogans sem parar.
Em rede nacional de rádio e TV, esta semana, o PPL atacou a presidente em termos de dar inveja ao DEM e ao PSDB.
PERDA DE OPORTUNIDADE
A 9 de abril de 2006, o deputado estadual Jair Soares, com sua reconhecida experiência, defendeu a criação de um plano decenal de investimentos. O objetivo era evitar crescentes prejuízos causados ao Estado pelo processo de alternância no Palácio Piratini. A proposta precisava ser sustentada por lei, com o planejamento de ações prioritárias para períodos de dez anos, ao qual se ajustariam o plano plurianual de investimentos, a lei de diretrizes e o orçamento anual. A proposta não foi seguida e a consequência amarga está agora sendo paga por todos.
EXAGERO NA DOSE
Ao receberem os carnês para pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), contribuintes de São Lourenço do Sul perceberam a inclusão de fotos de obras da prefeitura com a utilização de recursos de emendas parlamentares. Até aí, tudo normal. Passou o sinal ao identificar os autores dos benefícios: os deputados federais Henrique Fontana e Maria do Rosário.
A repercussão seria local se o deputado estadual Pedro Pereira, do PSDB e um dos mais contundentes críticos do PT, não tivesse um terreno no município. Ligou as sirenes e vai processar o prefeito Daniel Raupp por improbidade administrativa.
FICA À FEIÇÃO
Os apreciadores de falcatruas localizaram no Estado de Tocantins o município denominado Lavanderia. Fica 350 quilômetros ao Sul da capital Palmas e sua população é de 1 mil e 800 habitantes. Devem se transferir para lá.
RÁPIDAS
* A maioria dos deputados federais, quando pode, estende os debates até altas horas como ontem. É o que se chama sessão-boate.
* A oposição silencia diante da declaração do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa: o governo encerrará o ano com déficit de 96 bilhões de reais. Se não subir.
* Termina hoje, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael, o encontro do PTB de Porto Alegre. É o primeiro passo da campanha do deputado estadual Mauricio Dziedricki à Prefeitura.
* Gestores públicos não devem confundir controle de qualidade com descontrole da impunidade.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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