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Armando Burd Decisão para permitir o debate

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Henrique Meirelles terá cadeira cativa em um eventual novo governo.(Foto: Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Ao chegar à Comissão de Constituição e Justiça, ontem, o deputado federal Sérgio Zveiter aumentou o suspense, usando a artimanha de advogado experiente. Aos repórteres, disse que “o relatório é político, mas com foco muito forte na parte técnica”.

Depois, à medida em que foi avançando na leitura do texto que elaborou, ficou claro: seu posicionamento não teve nada de político, porque não buscou agradar o PMDB, seu partido.

Os argumentos se basearam em questões técnicas, dando oportunidade a que a Comissão discuta a denúncia. Se não há prova material de que o presidente Michel Temer pegou dinheiro, o entorno está envolvido.

NO MESMO TOM

A 24 de maio de 1989, o candidato Fernando Collor, durante comício em Manaus, disse: “Preciso da ajuda de vocês. Não me deixem só”. A 21 de junho de 1992, em pronunciamento na TV, para negar ligação com o esquema PC Farias, repetiu a frase.

A 11 de julho de 1997, às vésperas da votação de reformas na Câmara dos Deputados, o presidente Fernando Henrique Cardoso declarou: “Não me abandonem”.

Agora, o presidente Michel Temer pode usar qualquer uma das expressões novamente. Nem precisará pagar royalties.

O QUE FALTA

Henrique Meirelles terá cadeira cativa em um eventual novo governo. Independentemente do presidente, ele ficará no Ministério da Fazenda. Falta-lhe, porém, coragem para acelerar mudanças no regime tributário que desonere a atividade produtiva. Em contraste com o que recebe, a população paga mais impostos do que nunca.

PARA LEMBRAR

Rodrigo Maia foi o relator da reforma eleitoral de 2015, que reduziu para 45 dias o tempo de propaganda dos candidatos em rádio e TV. Agradou ao público, saturado com promessas inviáveis.

NÃO PRECISA EXPLICAÇÃO

O ex-presidente Lula declarou que ainda não entendeu o motivo pelo qual o mega-empresário Joesley Batista fez a delação premiada. Nem precisa ser aprendiz de detetive: ora, foi para escapar da prisão.

OPÇÃO DIFÍCIL

Populações de cidades médias e pequenas terão de escolher entre dispor de caixas eletrônicos, correndo o risco de explosões e se tornarem escudos humanos, ou abrir mão do serviço oferecido pelos bancos.

DESASTRE PREVISÍVEL

O Rio de Janeiro tem sua fonte de receita no turismo, a indústria sem chaminés. Agora, a bandidagem dinamita a indústria.

Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostra que a violência contribuiu para a queda de 320 milhões de reais em receitas do turismo no Estado do Rio de Janeiro este ano.

GRANDE ENGANO

Professores e alunos se misturam na mesma prática: repetem frases de efeito de alguma ideologia e se acham em pleno exercício do pensamento crítico.

EXEMPLO VEM DE CIMA

A reforma política, por si só, não é a solução. Antes, haverá necessidade de o governo e o Congresso mostrarem ao País que estão combatendo a impunidade.

UM DIA ESTOURA

O Rio Grande do Sul tornou-se exemplo: o déficit prolongado é insustentável.

EXTREMOS

Retrato do momento: balas de borracha tomam o lugar da Política nas tentativas de resolução de conflitos entre Estados e setores da sociedade.

NÃO DESGRUDAM

Percevejo de gabinete foi expressão criada por Itamar Franco em 2002. Desde então, tornou-se uma praga em todas as instâncias do poder.

CORTINA ABERTA

Em cartaz, nos palcos de Brasília, a peça Decisões que Balançam Coretos.

FORA DA REALIDADE

Os Conselhos de Ética no Senado e na Câmara dos Deputados equivalem à Sétima Arte. Cinema, puro cinema. De ficção científica.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/decisao-para-permitir-o-debate/ Decisão para permitir o debate 2017-07-11
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