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Mundo Defensores dos direitos humanos estão detidos em lugares desconhecidos no Egito, diz ONG

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O presidente de Egipto, Abdel Fattah al-Sissi, durante um discurso no Cairo. (Foto: Reprodução)

Pelo menos 40 pessoas ligadas a uma organização de defesa dos direitos humanos presas no final de outubro estão detidas em “lugares desconhecidos”, denunciou a HRW (Human Rights Watch) neste domingo (18), pedindo às autoridades que revelem seu paradeiro. “Muitos dos detidos deram apoio legal e humanitário às famílias dos presos políticos, também desaparecidos”, segundo indicou a organização em um comunicado.

“A repressão das agências de segurança egípcias atua agora (…) contra esses bravos homens e mulheres que tentaram proteger os desaparecidos”, afirmou Michael Page, vice-diretor da Human Rights Watch para o Oriente Médio.

A ONG afirma ter falado com “um advogado, um ativista de direitos humanos e dois ativistas políticos que estão em contato direto com as famílias dos detidos”. Uma das fontes consultadas pela Human Rights Watch indica que há 80 desaparecidos desde o final de outubro, mas apenas 40 foram confirmados.

“As autoridades egípcias deveriam informar imediatamente sobre o local de detenção dos presos e libertar todos os que estavam detidos por exercer seus direitos, além de trazer os demais diante um juiz”, afirma a organização.

Em 2013, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, foi derrubado pelo Exército. Abdel Fattah al-Sissi tomou as rédeas do país em 2014, lançando uma intensa repressão contra a Irmandade Muçulmana e a oposição secular.

República Centro-Africana

O comandante de milícias Alfred Yekatom, da República Centro-Africana, foi preso e entregue à Corte Penal Internacional nesse sábado (17), para enfrentar acusações de crimes de guerra e contra a humanidade como assassinato, tortura e deportação de muçulmanos no país. Conhecido como “Rambo”, Yekatom chegou ao centro de detenção em Haia, na Holanda, no início deste domingo (18).

A antiga colônia francesa, um dos países mais pobres da África apesar das reservas de ouro e diamantes, enfrenta conflitos interreligiosos e entre comunidades desde 2012 — quando os rebeldes Séléka, na sua maioria muçulmanos, começaram a atacar cidades e ocupar territórios. Em março de 2013, o grupo chegou ao poder — o que levou a milícia cristã conhecida como “antibalaka” a revidar.

Sob pressão internacional, os Séléka entregaram o poder a um governo transitório, mas a iniciativa dividiu o país, e conflitos sangrentos continuam.

A corte alega que Yekatom, membro do Parlamento do país, comandou cerca de 3 mil milicianos antibalakas responsáveis por ataques sistemáticos cometidos contra muçulmanos entre dezembro de 2013 e agosto de 2014. De acordo com as Nações Unidas, milhares de pessoas foram mortas e outras 2,5 milhões — mais da metade da população — precisam de ajuda humanitária. Dessas, 1,3 milhão são crianças.

“Agora ele deve responder na corte por suas ações. Nós não podemos desfazer o sofrimento causado às vítimas, mas estamos comprometidos a fazer nossa parte para avançar a justiça e a responsabilidade na República Centro-Africana”, afirmou o promotor da Corte Penal Internacional Fatou Bensouda. Ele lidera duas investigações sobre conflitos na República Centro-Africana.

A prisão de Yekatom é a primeira no conflito mais recente. Entre as acusações contra ele estão assassinato, tratamento cruel, deportação, prisão, tortura, perseguição e desaparecimento forçado, além do recrutamento de crianças de menos de 15 anos de idade como soldados.

Ainda não há data para a aparição inicial de Yekatom, mas, de acordo com as regras da Corte, ele deve se apresentar perante um juiz nos próximos dias.

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