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Brasil Delação da JBS/Friboi: saiba ponto a ponto o que foi dito sobre membros do PT

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Delações apontam compra de apoio político pelo PT e atuação em benefício da empresa. (Foto: Reprodução)

O STF (Supremo Tribunal Federal) liberou o conteúdo das delações premiadas dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, e do diretor da J&F Ricardo Saud, na Operação Lava-Jato. Nelas, os executivos citam pagamentos de propina para campanhas do PT, “compra” de apoio político pelo partido e atuação de membros da legenda em benefício da empresa.
Leia alguns pontos das delações.

US$ 150 milhões para campanhas
Joesley Batista disse que transferiu para contas no exterior US$ 70 milhões destinados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais US$ 80 milhões em conta, também no exterior, em benefício da ex-presidenta Dilma Rousseff. Os montantes foram enviados por meio do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e gastos “em campanha” . O empresário falou que tanto Lula quanto Dilma sabiam repasses.

R$ 35 milhões por apoio a Dilma
Ricardo Saud afirmou à PGR (Procuradoria-Geral da República) que pagou R$ 35 milhões em propina a cinco atuais e ex-senadores do PMDB para garantir o apoio de todo o partido à reeleição de Dilma Rousseff nas eleições de 2014. Teriam recebido o dinheiro os senadores Eduardo Braga (AM), Jader Barbalho (PA), Eunício Oliveira (CE, presidente do Senado), Renan Calheiros (AL), além do ex-senador Vital do Rego, hoje ministro do TCU (Tribunal de Contas da União).

R$ 350 milhões em propina
Ricardo Saud disse ainda que foram depositados R$ 350 milhões em propina em uma conta corrente da J&F com o PT. Segundo ele, o dinheiro foi usado na campanha presidencial de 2014 e para “comprar” partidos para fortalecer a coligação – PMDB, PR, PP, PCdoB e PRB.

Campanhas estaduais
Ricardo Saud contou que parte da propina destinada ao PT durante a campanha de 2014 foi distribuída a candidatos a governadores. Ele citou Antônio Gomide (PT-GO), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Alexandre Padilha (PT-SP) e Fernando Pimentel (PT-MG).

R$ 150 milhões por votos contra impeachment
Joesley Batista afirmou que o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) pediu-lhe R$ 150 milhões para comprar votos contra o impeachment de Dilma Rousseff. Segundo ele, um dia antes da votação na Câmara, Bacelar o procurou em casa. Nessa conversa, o deputado teria apresentado uma lista com os nomes de 30 deputados e disse que precisava de R$ 5 milhões para comprar os votos de cada um deles. O empresário autorizou a negociação de votos de cinco deputados, no valor de R$ 3 milhões cada.

Atuação de Guido Mantega no BNDES
Joesley Batista contou na delação que recebeu US$ 80 milhões em empréstimo do BNDES para a compra da Swift argentina, em 2005. Segundo ele, o dinheiro só saiu por causa de sua proximidade com o ex-presidente do BNDES e ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. O empresário relatou ainda que Mantega, já como chefe da Fazenda, também teve participação direta no aporte de US$ 750 milhões do BNDES para a compra da Swift americana. Metade do dinheiro, que era depositado no exterior, ficava com Mantega.

Relação com Palocci
Na delação, Joesley fala da relação com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Conta tê-lo contratado para um trabalho de consultoria e que Palocci lhe pediu US$ 30 milhoes de doação em 2010, quando virou assessor da campanha de Dilma Rousseff.

Versões dos citados
A defesa do ex-presidente Lula afirmou “que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados”. A assessoria da ex-presidenta Dilma negou irregularidades, e disse que “são improcedentes e inverídicas as afirmações do empresário”.
Sobre a acusação de pagamento a senadores por apoio a Dilma: os senadores citados negaram os recebimentos ilícitos.
O PMDB informou que “as contribuições eleitorais recebidas” pelo partido “estão devidamente declaradas à Justiça Eleitoral e observaram todos os requisitos legais.
O BNDES informou que abriu uma comissão de apuração interna para avaliar possíveis fraudes e irregularidades em aportes concedidos através BNDESPar, braço de participações do banco, ao frigorífico JBS.

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https://www.osul.com.br/delacao-da-jbsfriboi-saiba-ponto-ponto-o-que-foi-dito-sobre-membros-pt/ Delação da JBS/Friboi: saiba ponto a ponto o que foi dito sobre membros do PT 2017-05-21
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