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Política Delação mostra que os irmãos Joesley e Wesley Batista produziram um dossiê sobre as atividades do coronel Lima, amigo do presidente Michel Temer

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Boa parte das 82 questões endereçadas ao presidente refere-se a Loures. (Foto: Reprodução)

Em meio aos documentos entregues pela JBS ao MPF (Ministério Público Federal), 20 páginas que foram registradas com os números de 185 a 2104 no apenso 14 da delação mostram que os irmãos Joesley e Wesley Batista produziram um dossiê sobre as atividades do coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho. Amigo do presidente Michel Temer, Lima é apontado pelos delatores da JBS como um dos destinatários de repasses ilícitos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A reportagem procurou Lima Filho em sua empresa, a Argeplan – em São Paulo, vasculhada pelos agentes federais durante a Operação Patmos –, mas ali foi informado pela segurança que o coronel não havia ido trabalhar. Temer nega o recebimento de propina por meio do amigo e contesta a delação dos irmãos Batista.

Lima conheceu Temer nos anos 1980, quando o presidente ocupou pela primeira vez o cargo de secretário da Segurança Pública de São Paulo, durante o governo de Franco Montoro (1983-1987), então no PMDB. Aspirante a oficial na turma de 1966 da Academia da PM, Lima trabalhava na Assistência Militar da pasta.

Depois que Temer deixou a secretaria, Lima foi trabalhar na área responsável por obras na corporação – foi o tempo em que se construiu o Hospital da PM, e o centro administrativo. Em 1992, quando Temer voltou à pasta após o massacre do Carandiru, Lima voltou a trabalhar com o amigo. Já coronel e formado em arquitetura, ficou em um cargo na Secretaria de Segurança Pública. Suspeitas envolvendo o nome de Lima surgiram na Lava-Jato em 2016. Segundo as investigações, de 2011 a 2016, durante o período em que Temer ocupou a Vice-Presidência, a Argeplan do coronel recebeu R$ 1,1 milhão por serviços em uma ferrovia e uma estrada federal, além de obter contratos na Secretaria de Aviação Civil e na usina nuclear de Angra 3.

No dossiê da JBS há documento que diz que Lima e a Argeplan são proprietários de uma fazenda em Duartina, no interior de São Paulo, que foi invadida duas vezes pelo Movimento dos Sem-Terra. Intitulado Relatório Argeplan, a JBS entregou documento ao MPF. Nele afirma que a empresa foi aberta em 1976. Era então “um pequeno escritório de arquitetura em nome de Carlos Alberto Costa”. Em 2011, Lima teria sido admitido na empresa com um capital de R$ 250 mil.

 

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