Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de março de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
“Peça de ficção.”
Líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino (AM), definindo a carta aberta de Lula. As delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e do executivo Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, permitiram à Operação Lava-Jato estabelecer a ex-ministra Erenice Guerra e um escritório de advocacia como elos entre a presidente Dilma Rousseff e o escândalo do “eletrolão”, envolvendo negócios de estatais do setor elétrico. E com destaque para as obras de R$ 19 bilhões da hidrelétrica de Belo Monte (PA).
Central de negócios
A suspeita é que negócios de Belo Monte eram tratados no escritório Trajano e Silva Advogados, com participação de familiares de Erenice.
Erenice era a chefe
Delcídio revelou detalhes importantes do esquema chefiado por Erenice até a sua destituição da Casa Civil do governo Lula.
Escafedeu
Os delatores dizem que, após Erenice deixar o governo em meio a um escândalo, o escritório de advocacia foi desmontado em apenas dois dias.
Proteção
Sócio do escritório de advocacia ligado a Erenice, Alan Trajano foi acolhido por Dilma na Casa Civil, e a assessora sobre o setor elétrico.
Temer tenta convencer Calheiros a romper com Dilma
O vice-presidente Michel Temer espera convencer os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa, e Eunício Oliveira (PMDB-CE), que o substituirá, da necessidade de o partido seguir o seu próprio caminho, desligando-se do governo. O edital de convocação para a reunião da executiva nacional da legenda (no dia 29), assinado por Temer, aponta apenas um tema para ser discutido: a ruptura.
Falta o pacto
A avaliação da cúpula é de que o PMDB está unido, mas o rompimento com Dilma, apesar de consensual, ainda precisa ser pactuado.
Prisioneiro
Calheiros hesita sobre o rompimento, em razão dos cargos que ocupa e da expectativa de verbas para o governo de Renan Filho, em Alagoas.
Governista radical
O presidente do Senado não faz oposição há séculos, lembrando a doutrina do pai, Olavo: “Terno branco, dente de ouro e oposição só ficam bem nos outros…”.
Meu nome é coerência
O ex-presidente da OAB Marcelo Lavenère é contra o impeachment de Dilma, assim como era contra o impedimento do ex-presidente Fernando Collor. Assim como mudou de opinião em 1992, é provável que, em breve, ele se mantenha coerente com a sua história.
Manifestação fraca
Decepcionaram muito o governo os números de manifestantes pró-Dilma e Lula. A matemática é simples: há 1,75 milhão de filiados ao PT e, segundo números oficiais, foram às ruas ontem, no máximo, 400 mil.
Deputado-tapioca
Um dos oradores mais inflamados ontem, no ato em defesa do governo, na avenida Paulista, era o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Aquele ex-ministro que pagava tapioca com cartão corporativo.
Viva os políticos
Além do volume, uma diferença entre os protestos pró-Dilma e contra Dilma eram as lideranças políticas: no domingo passado, políticos foram mantidos longe. Ontem, eram aplaudidos pelos manifestantes.
Que vergonha, Itamaraty
O PT aparelhou mesmo o Ministério das Relações Exteriores. Nessa sexta-feira, diplomatas brasileiros mundo afora ficaram indignados com a circular telegráfica da Secretaria de Estado, “urgentíssima”, só para enviar nota de uma Abong, entidade de ONGs pró-Dilma et caterva.
Farol (apagado) do socialismo
Brasileiros obrigados a ir à Venezuela estão atônitos com a crise de lá. Em shoppings, o ar-condicionado e as luzes das lojas ficam desligados até que raros clientes apareçam. Para o PT, ali é o “farol do socialismo”.
Dança das cadeiras
Para acomodar Lula na Casa Civil e garantir a ele o foro privilegiado, Dilma cogitou colocar Jaques Wagner na Comunicação Social e Edinho Silva (atual titular da secretaria) no Ministério dos Esportes.
PDT prefere ACM Neto
Cresce no PDT a insatisfação com o dono do partido, Carlos Lupi. Em Salvador (BA), vereadores rejeitaram uma aproximação com o governador Rui Costa (PT). Eles preferem aliar-se ao prefeito ACM Neto (DEM).
Pensando bem…
…manifestação com show, samba ou Chico César tem nome: showmício.
PODER SEM PUDOR
Magia negra no poder
José Sarney era presidente interino quando, certa noite, telefonou-lhe o ministro da Justiça, Fernando Lyra, pedindo um encontro urgente para contar como a Polícia Federal havia desvendado as razões da enfermidade de Tancredo Neves, ainda lutando pela vida no hospital. Sarney recebeu Lyra e o seu chefe de gabinete, Cristovam Buarque, quase às 2h da madrugada. Os dois exibiram um boneco espetado por agulhas, suposto “trabalho de vodu” encontrado nas imediações da Granja do Torto. Sarney perguntou-lhes pelas providências. Lyra reagiu, orgulhoso: “Já procuramos um terreiro e o ‘trabalho’ foi desfeito, presidente!”.
Com Gabriel Garcia, Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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