Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Delator da Odebrecht diz ter pago R$ 9 milhões em caixa dois a Aécio Neves e aliados

Compartilhe esta notícia:

Tucano foi afastado do Senado. (Foto: Divulgação)

O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedito Júnior, o BJ, disse em depoimento ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na quinta-feira (02) que a empreiteira baiana pagou R$ 9 milhões em caixa dois para campanhas eleitorais do PSDB.

O pedido de ajuda teria sido feito pelo próprio Aécio, que em 2014 concorria à Presidência da República. Ele teria solicitado doação de recursos para outros candidatos da legenda, já que na época era presidente do PSDB. A assessoria de imprensa do tucano confirma que ele solicitou apoio para “inúmeros candidatos”, mas que jamais pediu que a ajuda fosse feita por meio de caixa dois.

Questionado sobre o assunto, o advogado de Aécio, Flávio Henrique Pereira, disse que “em momento algum o depoente afirmou que o senador pediu contribuição por meio de caixa dois, mesmo porque isso nunca ocorreu”. O depoimento foi dado no processo no Tribunal Superior Eleitoral que investiga irregularidades na chapa composta por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).

Segundo o depoimento de BJ, a Odebrecht repassou R$ 6 milhões para serem divididos pelas campanhas de Pimenta da Veiga, Antonio Anastasia e Dimas Fabiano Toledo Júnior. Ainda de acordo com ele, outros R$ 3 milhões foram para o publicitário Paulo Vasconcelos, responsável pela campanha presidencial de Aécio.

Pimenta da Veiga foi o candidato tucano derrotado ao governo de Minas Gerais, em 2014, e Antonio Anastasia foi eleito ao Senado pelo partido. Dimas Fabiano foi eleito deputado federal naquele ano pelo PP mineiro. Ele é filho de Dimas Toledo, ex-diretor de Engenharia de Furnas, acusado de operar um esquema de propina na estatal.

O ex-executivo da Odebrecht não pôde detalhar a acusação de caixa dois para Aécio porque foi interrompido pelo ministro Herman Benjamin, relator do processo no TSE. Segundo o ministro, os detalhes da doação a pedido do tucano não são pertinentes ao caso, que investiga apenas a chapa Dilma-Temer, apesar de terem, de acordo com ele, “relevância histórica”. O processo contra Dilma e Temer foi movido pelo próprio PSDB, derrotado na eleição presidencial de 2014, com o próprio Aécio como candidato.

Outro lado

Procurada, a assessoria de Aécio disse que o senador “solicitou, como dirigente partidário, apoio para inúmeros candidatos de Minas e do Brasil a diversos empresários, sempre de acordo com a lei”. Segundo ele, “como já foi divulgado pela imprensa, o empresário Marcelo Odebrecht, que dirigia a empresa, declarou, em depoimento ao TSE, que todas as doações feitas à campanha presidencial do senador Aécio Neves em 2014 foram oficiais”.

A assessoria de Anastasia declarou que ele “nunca tratou, no curso de sua trajetória pessoal ou política, com qualquer pessoa ou empresa sobre qualquer assunto ilícito”. (Folhapress)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, descartou a possibilidade de o acordo eleitoral incluir a revisão de pontos da reforma trabalhista
Maia minimiza polêmica e defende regra da transição da aposentadoria
https://www.osul.com.br/delator-da-odebrecht-diz-ter-pago-r-9-milhoes-em-caixa-dois-a-aecio-neves-e-aliados/ Delator da Odebrecht diz ter pago R$ 9 milhões em caixa dois a Aécio Neves e aliados 2017-03-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar