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Brasil Delator da Operação Lava-Jato, o ex-presidente da Odebrecht pode voltar às ruas e à empreiteira

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Marcelo Odebrecht (foto) disse que mantém teor de delação sobre tratativas com Lula feitas pelo pai, Emílio Odebrecht, a quem atribui "contradições". (Foto: Reprodução/EBC)

A rotina diária de natação, triagem de e-mails antigos e refeições com a mulher e as filhas que Marcelo Odebrecht mantém desde dezembro de 2017 — quando passou a cumprir pena em sua mansão, em São Paulo — pode estar com os dias contados. Graças a uma cláusula exclusiva de seu acordo de delação premiada, o ex-presidente do grupo baiano pode progredir do regime domiciliar fechado para o semiaberto na metade do tempo fixado em sua delação, que seria em março. Com a progressão, ele passaria a ter permissão de sair de casa durante o dia, voltando ao recolhimento à noite e nos fins de semana.

Tal mecanismo também poderá permitir que Marcelo busque sua reintegração ao império empresarial da família Odebrecht, já que seu acordo de delação não proíbe que seja funcionário da companhia. Ele só não pode voltar a uma posição de comando.

A condição para conseguir voltar às ruas é uma só: que Marcelo tenha colaborado com grande efetividade nas investigações da Operação Lava-Jato. Ou seja, se o empreiteiro comprovar os ilícitos que relatou aos investigadores com novas provas, poderá reduzir os dois anos e seis meses de prisão domiciliar para um ano e três meses. Entre os 77 delatores da Odebrecht, ele foi o único a ter a cláusula garantida pelo Ministério Público Federal, motivo de revolta de alguns ex-funcionários que não gozam da mesma condição.

O total de dez anos de pena aos quais Marcelo foi sentenciado, porém, será mantido. A mudança é que ele tem chances de passar mais tempo no semiaberto.

Os advogados do empreiteiro se preparam para apresentar este mês, aos procuradores da Lava-Jato, o pedido de antecipação da volta de Marcelo às ruas. Se eles concordarem, submeterão a solicitação à homologação do juiz.

A volta à Odebrecht pode ser viabilizada pelo fato de o acordo de delação proibir que ele volte a assumir cargo de gestão — e tampouco tenha qualquer interlocução com o poder público —, mas não que seja funcionário na empresa.

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