Brasil Delegados da Polícia Federal voltaram a pedir que Lula seja transferido para outra prisão
Por Redação O Sul | 27 de abril de 2018
A Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) encaminhou um novo pedido à Superintendência Regional do órgão no Paraná para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja removido para “outro local que não ofereça risco, além de transtorno à população e aos funcionários e rotina de trabalho”.
O líder petista que governou o País por dois mandatos consecutivos (2003-2010) está preso há três semanas em uma sala especial no último andar do prédio da PF em Curitiba, base da Operação Lava-Jato. Ele se entregou em São Paulo, um dia após o determinado pelo juiz federal Sérgio Moro, para começar a cumprir a sua sentença de 12 anos d e um mês de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
Na primeira semana do petista na carceragem da Polícia Federal, o Sindicato dos Delegados da PF pediu a transferência de Lula, sob o mesmo argumento: transtornos que a presença do ex-presidente estaria causado na própria sede da corporação e nas áreas próximas ao prédio. O cenário inclui manifestações de grupos a favor e contra o ex-presidente.
Nessa sexta-feira, a Fenadepol divulgou uma nota manifestando “apoio à iniciativa do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado do Paraná, que solicitou, via oficio, a adoção de medidas para a transferência do réu condenado Luiz Inácio Lula da Silva para outro local que não ofereça risco, além de transtorno à população e aos funcionários e rotina de trabalho da Superintendência Regional”. A nota é subscrita pela presidente da Federação, Viviane da Rosa.
Condições
A sala especial em que Lula está isolado conta com TV. O espaço se localiza a uma pequena distância do setor de Custódia, onde estão presos alguns de seus antigos aliados e hoje acusadores, como o empresário Léo Pinheiro, da construtora OAS, e Antônio Palocci, que foi ministro da Casa Civil e da Fazenda nas gestões de Lula e Dilma Rousseff (2011-2016).
“A Fenadepol ressalta que nossas unidades são dotadas de Núcleos de Custódia que, como a própria denominação indica, não são estabelecimentos prisionais”, salienta o texto do ofício encaminhado pela entidade. “Servem apenas para custódias temporárias e não para a efetivação da prisão de réus já condenados, como é o caso em pauta. Assim, reafirmamos a necessidade de prontas medidas que sanem o problema e previnam a possibilidade de outros danos.”
