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Brasil Delegados veem “ato terrorista” na facada em Bolsonaro

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Agressor do deputado Jair Bolsonaro deixa a Polícia Federal em Juiz de Fora após interrogatório. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Três importantes entidades da classe de delegados federais e civis de São Paulo classificaram a facada no presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) como um “ato de natureza terrorista”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Brasil.

Em nota pública, o Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo e a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo declararam “inadmissível que um candidato ao cargo mais importante do executivo nacional, o de presidente da República, seja alvo de um atentado inexplicável num país que vive sob o chamado Estado Democrático de Direito”.

Bolsonaro foi golpeado quando fazia campanha no centro de Juiz de Fora (MG) na tarde de quinta-feira (6). A ponta da faca o atingiu no abdome. Adélio Bispo Oliveira, o agressor, foi preso em flagrante. O candidato passou por uma delicada cirurgia e está fora de perigo.

“Já passou o tempo em que nossa sociedade acolhia calada esse tipo de delito, um ato de natureza terrorista, que afronta os princípios mais básicos da democracia, regime que lutamos tanto para reconquistar, em 1985”, argumentam os delegados, em alusão ao período da repressão militar que se arrastou por 21 anos.

Para as três entidades da classe dos delegados “é inegociável a necessidade de que haja liberdade plena de expressão e de pensamento, principalmente, entre aqueles que disputam o cargo de presidente, que será responsável, pelos próximos quatro anos, pelo destino social e econômico de mais de 200 milhões de brasileiros”.

Os delegados pregam “total liberdade para que ideias sejam expostas, defendidas e escolhidas através do sufrágio universal, a fim de que as instituições permaneçam sólidas e demonstrem, de fato, a lisura do ato democrático em todas as suas nuances, a começar pela escolha do líder do executivo nacional”.

Ajuda

Adélio Bispo de Oliveira, agressor confesso do deputado federal e candidato à Presidência Jair Bolsonaro, deixou o prédio da Polícia Federal de Juiz de Fora pouco depois das 21h30min desta sexta-feira (7). Ele foi interrogado por aproximadamente uma hora e meia, para esclarecer se realmente agiu sozinho contra o parlamentar ou se teve a ajuda de alguma outra pessoa.

O criminoso saiu na parte traseira de uma viatura. Vestia roupa laranja e estava com a cabeça raspada, conforme procedimento padrão no sistema prisional local. Segundo o advogado de defesa Zanone Oliveira Júnior, ele só será transferido para um presídio federal de segurança máxima neste sábado (8).

O Departamento Penitenciário Federal (Depen) informou, em nota, que pretende transferir Adélio Bispo de Oliveira para a penitenciária federal de Campo Grande. O processo, no entanto, ainda depende da Polícia Federal e da Justiça Federal.

Além de Zanone, o agressor está sendo assistido por outros três advogados, todos do mesmo escritório. Eles não quiseram revelar quem os contratou, apenas disseram que uma igreja evangélica de Montes Claros, onde mora a família de Adelio, está custeando os gastos.

Mais uma vez os advogados reiteraram que vão pedir um exame de sanidade mental em seu cliente, que já ele teria feito uso de remédios psiquiátricos controlados. Dependendo dos resultados, Adélio poderia ser considerado inimputável ou semi-imputável.

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https://www.osul.com.br/delegados-veem-ato-terrorista-na-facada-em-bolsonaro/ Delegados veem “ato terrorista” na facada em Bolsonaro 2018-09-07
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