Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Flavio Pereira | 16 de outubro de 2019
A série de reformas estruturais que o governo gaúcho vem propondo recebeu ontem um apoio simbólico do Democratas. O presidente estadual do partido, deputado Rodrigo Lorenzoni, esteve no Palácio Piratini e declarou apoio às medidas que o governo deverá encaminhar ao Legislativo. Pesou na decisão, segundo Lorenzoni, “a grave crise fiscal que o Rio Grande do Sul enfrenta, cuja consequência mais severa é o atraso e o parcelamento de salários dos servidores públicos” – situação que já se repetiu por 48 meses desde 2015; e o rombo estimado em R$ 12 bilhões na Previdência estadual para 2019 “além do nosso compromisso histórico com a austeridade fiscal”.
Movimento importante
A nota oficial do Democratas, assegurando apoio às medidas fortes do governo, produz um movimento importante nesse tabuleiro, na medida em que nem mesmo o partido do governador, o PSDB, adotou uma posição tão firme de apoio à pauta de austeridade fiscal.
Só reforma estrutural não basta
Um detalhe importante trazido ontem pelo governador Eduardo Leite sinaliza que a reforma estrutural não é sozinha a solução dos problemas do Estado. Ela está incluída sob um guarda-chuva de medidas ao lado das parcerias com o setor privado, concessões, redução da burocracia e do novo código ambiental.
Marlon não aceita voto de cabresto no PDT
O deputado Marlon Santos, incluído na lista dos deputados ameaçados de expulsão pelo PDT por terem votado a favor da PEC da Previdência, em desacordo com a orientação partidária, não se mostra preocupado com esta situação. Marlon afirma que está com a consciência tranquila depois de votar a favor da PEC da Previdência, que acolheu propostas defendidas pelo PDT. O caminho adotado pelo PDT, na avaliação de Marlon, é inconstitucional e ele já antevê o futuro fora do PDT ao afirmar que: “não tenho condições de permanecer num partido que exigem dos seus deputados que votem a cabresto”. O deputado recebeu convite do presidente estadual do PL, Giovani Cherini, para filiar-se à sigla.
Calote no IPE-Saúde chega a R$ 638 milhões
Marcus Vinícius Vieira de Almeida, o jovem ex-prefeito de Sentinela do Sul e ex-presidente da Famurs, seria deputado estadual. Porém, um acordo não cumprido pelo PTB fez com que ele, primeiro suplente do PP, deixasse de assumir a cadeira de deputado. Foi convidado para presidir o o IPE-Saúde e já começa a promover mudanças para viabilizar a instituição. A mais delicada: convencer o Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado, Defensoria Pública do Estado e o próprio Executivo a colocarem em dia uma dívida que chega a R$ 637,7 milhões.
Apoio a Bolsonaro no PSL já soma 30 deputados federais
Segunda maior bancada na Câmara dos Deputados com 52 deputados, o PSL está dividido. A maioria dos deputados, ilustres desconhecidos eleitos graças ao carisma de Jair Bolsonaro, hoje se volta contra o presidente da República. Mas segundo cálculos do deputado Bibo Nunes, hoje existem 30 deputados favoráveis a uma mudança no comando do PSL e a um alinhamento com a ideias de Jair Bolsonaro. O primeiro passo será destituir o deputado Luciano Bivar da presidência nacional do partido.
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