Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 10 de julho de 2017
No dia em que o relator na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da denúncia contra o presidente Michel Temer, deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), apresentou um parecer pela aceitação da peça acusatória, 174 deputados federais já manifestaram a intenção de votarem a favor da denúncia em plenário: mais da metade do número necessário para que seja autorizada a análise pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Caso seja aceita por 342 deputados – 2/3 da Câmara – e pelo STF, Temer será afastado por 180 dias até que o caso seja julgado.
No termômetro da denúncia contra Temer na Câmara, enquanto 172 parlamentares já demonstraram serem a favor da aceitação da denúncia contra Temer, 70 já disseram que são contra a autorização. Os indecisos somam 110 e 160 ainda não se manifestaram.
Entre os deputados que já declararam voto contra Temer estão: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o relator da denúncia na CCJ, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), do partido do presidente;13 do PSDB, principal aliado do governo e 57 parlamentares do Partido dos Trabalhadores. Apenas um ainda não se manifestou.
Nessa segunda-feira, o deputado Sergio Zveiter leu na CCJ seu parecer favorável pela aceitação da denúncia. Para ele, há indícios suficientes “de autoria e materialidade para o recebimento da denúncia”. De acordo com Zveiter, a investigação e apuração dos fatos é necessária.
A menos de uma semana para a votação da denúncia contra Temer na Comissão, nove deputados foram substituídos: seis já haviam se posicionado abertamente em resposta à enquete do jornal O Globo que votariam a favor da autorização para que o Supremo analise a denúncia contra o presidente Michel Temer. As trocas ocorreram até agora em cinco partidos da base aliada (PMDB, PR, PRB, PSD e SD).
Dos nove novos titulares, seis já declararam voto contra a denúncia. As trocas são vistas pelo governo como fundamentais para garantir a vitória na comissão, que tem 66 membros, e derrotar o parecer do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ).
Entre os substituídos declararam voto a favor da denúncia Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Major Olímpio (SD-SP), Expedito Neto (PSD-RO), Jorginho Mello (PR-SC) e Delegado Waldir (PR-GO), e João Campos (PRB-GO).
Boneco queimado
Um grupo de manifestantes faz um ato contra o governo de Michel Temer na noite dessa segunda-feira. Eles atearam fogo a um boneco com a imagem do presidente da República quando passaram diante do prédio da Fiesp. A manifestação começou na frente do Masp. Eles pretendiam seguir até a sede do PMDB em São Paulo, mas desistiram e encerraram o ato.
O ato foi organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne cerca de 60 entidades, como MTST e CUT. Uma das motivações dos manifestantes é a luta contra a Reforma Trabalhista e o atual governo.
A Polícia Militar não informou estimativa do número de participantes. A Companhia de Engenharia de Tráfego informou que um dos sentidos da avenida Paulista foi bloqueado em frente à Fiesp.