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Mundo Denúncias contra Donald Trump trazem de volta a palavra impeachment. Mas qual a chance real de isso acontecer?

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Denúncias de conluio e obstrução contra Trump trazem de volta palavra que assombrou Nixon e Clinton. (Foto: AFP)

O clima nas últimas semanas na capital americana remete aos tensos anos do governo de Richard Nixon: a cada dia uma nova revelação, presidente acuado e a ampliação do sentimento na maioria dos americanos de que Donald Trump é culpado de tentar obstruir a Justiça. Ele já é investigado no caso, enfrenta processos sobre o enriquecimento indevido de recursos de governos estrangeiros, graças aos seus hotéis, e foi acusado de mentir. Assim, a palavra impeachment vem sendo cada vez mais pronunciada em Washington. Mas quais as chances reais de um processo para destituir o presidente mais impopular dos Estados Unidos?

Alguns especialistas afirmam que, juridicamente, já há evidências que poderiam embasar um pedido de impeachment — mas não são, até o momento, fortes o suficiente para superar as barreiras políticas, com republicanos dominando as duas casas do Congresso, que protegem Trump de um processo. Faltariam provas incontestáveis, como as que levaram Nixon a renunciar em 1974 e que permitiram a abertura do processo contra Bill Clinton, no final dos anos 1990. Mas não significa que, em pouco tempo, isso não surja nas investigações que ocorrem no Senado, na Câmara e com o promotor especial Robert Mueller. Elas começaram averiguando se houve conluio da campanha republicana na intervenção russa na eleição presidencial de novembro, mas evoluíram para checar denúncias de obstrução de Justiça e até prováveis crimes financeiros.

“Agora, é altamente improvável que o presidente Trump seja abandonado pelos republicanos da Câmara”, afirmou o professor Russell Riley, copresidente do Programa Presidencial de História Oral da Universidade de Virgínia e autor de livros sobre os anos do governo Clinton, observando duas circunstâncias que poderiam reverter esta condição: A primeira é se a investigação de Mueller revelar indiscutíveis provas de falhas do presidente, algo equivalente às fitas do Salão Oval de Nixon (que comprovaram que o presidente tentava barrar a investigação de Watergate) ou o vestido azul de Monica Lewinsky (prova material que conseguiu, graças à coleta de DNA de Bill Clinton, determinar as mentiras do democrata).

Renovação do congresso muda cenário

A outra, em sua opinião, é que o país viva alguma emergência nacional, com forte piora das condições econômicas ou políticas. Um caos político é mais difícil de ocorrer, pois Trump sempre tentará culpar os democratas e as forças que tentam sabotar seu governo.

Assim, na avaliação do professor, somente um ambiente de catástrofe econômica poderia levar eleitores republicanos a admitirem que este presidente é um fracasso. Do contrário, apenas as eleições de 2018, quando serão renovadas todas as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes e 33 das 100 do Senado, podem mudar este cenário. Mesmo tendo 36% de popularidade nacional, cerca de 75% dos eleitores republicanos continuam a aprovar o governo de Trump.

“As perspectivas de impeachment dependem dos resultados das eleições de 2018, que serão nacionalizadas em ambos os lados, ou seja, será um referendo informal sobre a aptidão do presidente ao cargo. Se os democratas ganharem, acho que o impeachment é uma possibilidade real”, avalia Riley. (Agência O Globo)

 

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