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Economia Depois de chamar o ministro da Fazenda de “irresponsável”, o presidente da Câmara dos Deputados o elogia

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Segundo Maia, se insistisse na tese do aumento de impostos, Guardia enfrentaria grandes dificuldades de emplacar um projeto nesse sentido no Congresso. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Depois de criticar o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, por ter mencionado uma alta de impostos para cobrir os subsídios que o governo anunciou para o diesel, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elogiou o ministro e disse que ele fez certo em recuar sobre o aumento da taxação. Maia afirmou que o ministro é “um grande quadro técnico” e que fez força para que ele fosse escolhido para o posto no lugar de Henrique Meirelles, que largou o cargo para se lançar como pré-candidato ao Palácio do Planalto.

Segundo Maia, se insistisse na tese do aumento de impostos, Guardia enfrentaria grandes dificuldades de emplacar um projeto nesse sentido no Congresso. Maia disse ainda que Guardia fora “irresponsável” ao propor mais impostos neste momento.

O Guardia é um grande quadro técnico. Quando ele tava para ser escolhido eu defendi muito o nome dele, acho que tomou a decisão certa. De manhã eu fiz uma crítica mais dura, porque acho que no momento atual você falar em aumento de impostos podia esquentar novamente um clima que já está um pouco mais calmo. Acho que a decisão dele foi correta, até porque aqui no Parlamento ele teria dificuldade de atingir qualquer tipo de votação para criar qualquer tipo de imposto”, disse.

Maia avalia que a crise gerada pela greve dos caminhoneiros está mais amena. Para ele, é preciso pegar a ideia do teto de gastos para ampliar o esforço de corte de despesas públicas. O presidente da Câmara se reuniu na tarde de hoje com o presidente da República, Michel Temer, e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira. Após o encontro os três divulgaram uma nota dizendo que as demandas dos caminhoneiros foram atendidas e assumiram o compromisso de aprovar todos os itens do acordo.

“A gente tem que discutir corte de despesa. Temos muitos feudos no setor público e no setor privado que consome o orçamento público de forma desproporcional em relação à base da sociedade. Acho que esta é a principal demanda da sociedade: que o Estado brasileiro como um todo possa de fato ter recursos disponíveis para enfrentar uma crise econômica como esta”, pontuou Maia.

Resposta

Após críticas dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), Guardia, afirmou nessa terça-feira que “em nenhum momento” o governo trabalhou com aumento de impostos para compensar a queda de preços do diesel. A declaração é um recuo em relação ao que ele falou na véspera, quando citou a medida como uma solução para compensar as perdas fiscais. Uma das propostas do governo para encerrar a greve dos caminhoneiros é reduzir o preço do diesel em 0,46 centavos por sessenta dias.

“O mecanismo que governo adotará será a redução de incentivos fiscais para compensar queda de impostos sobre diesel”, disse Guardia em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Aos parlamentares, Guardia argumentou que estava citando eventual aumento de impostos dentro das possibilidades previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal. E que o governo irá optar pela redução de benefícios fiscais “que não vai afetar a carga de impostos para a população em geral, vão afetar segmentos empresariais específicos”.

Guardia continuou sem detalhar quais benefícios estão sendo avaliados para compensar a queda nos preços do diesel, limitando-se a apontar que cresceram entre 2010 e 2015, na casa de 1 ponto do produto interno bruto (PIB).

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