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Mundo Depois de mais de meio século como “inimigos”, Cuba e Estados Unidos reabrirão embaixadas em Washington e Havana ainda este mês

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Ao lado do vice Joe Biden, Obama anuncia medida durante discurso na Casa Branca. (Foto: Pablo Martinez Monsivais/AP)

Cuba e Estados Unidos anunciaram nessa quarta-feira que deverão reabrir no dia 20 deste mês as embaixadas em Washington e Havana, em mais um passo na retomada de relações entre os dois países. Em pronunciamento feito na Casa Branca, o presidente norte-americano Barack Obama afirmou que a medida é um “passo histórico” e mais uma demonstração de que os EUA não têm de ficar aprisionados ao passado.

Em uma carta enviada a Obama, o líder cubano Raúl Castro declarou estar “satisfeito” de confirmar que seu país retomará relações com os EUA. Cuba está fazendo isso “encorajada pela intenção recíproca de desenvolver relações respeitosas e cooperação entre nossas populações e governos”, de acordo com o documento.

Ao fazer o anúncio, Obama citou a presidenta Dilma Rousseff, dizendo que era o momento para que o governo norte-americano retomasse relações com Cuba. “Desde dezembro, vimos um forte entusiasmo com essa nova iniciativa. Líderes em toda a América expressaram seu apoio a essa política. Vocês ouviram o que disse a presidente brasileira, Dilma Rousseff, sobre isso ontem [terça-feira, 30]”.

Durante visita à Casa Branca, a mandatária brasileira afirmou que “a reaproximação com Cuba é um momento decisivo na relação com a América Latina: o estabelecimento de uma relação de qualidade muda o patamar do relacionamento dos EUA com toda a região”. A retomada das relações diplomáticas, simbolizada com a reabertura das duas embaixadas, ocorrerá no dia 20, segundo o Ministério das Relações Exteriores de Cuba e um alto funcionário do Departamento de Estado.

De acordo com o líder norte-americano, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, viajará a Havana para hastear a bandeira de seu país na embaixada. Ainda não há, no entanto, uma data para a cerimônia oficial com a presença de Kerry. Ele planeja viajar à capital cubana no dia 22, segundo informações do jornal The New York Times.

A reabertura completa da embaixada em Havana, conforme Obama, significa que os diplomatas dos EUA poderão lidar diretamente com autoridades cubanas, com líderes da sociedade civil e cubanos comuns. A declaração fez referência a uma demanda-chave dos EUA durante as negociações com Cuba.

O governo de Castro relutava em aprovar a medida devido ao contato dos norte-americanos com dissidentes. Em seu pronunciamento, que foi transmitido ao vivo, em espanhol, pela TV cubana, Obama também pediu que o Congresso levante o embargo a Cuba.

As representações norte-americana na ilha e cubana em Washington estão fechadas desde 1961. A reabertura era esperada desde dezembro, quando o descongelamento das relações foi oficializado por Barack Obama e Raúl Castro.

O anúncio foi feito inicialmente em nota do Ministério das Relações Exteriores de Cuba. Pouco antes do comunicado cubano, o chefe da seção de negócios norte-americano em Cuba, Jeffrey DeLaurentis, entregou o pedido formal ao ministro interino das Relações Exteriores cubano, Marcelino Medina. Ao mesmo tempo, Cuba faz reformas na casa onde fica sua seção de negócios em Washington. O prédio teve sua cerca pintada e ganhou um mastro onde deverá ser hasteada a bandeira. Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro comemorou a decisão, descrevendo-a como o passo mais importante na normalização das relações entre os dois países.

Histórico

A retomada das relações entre EUA e Cuba é vista como o maior legado de política externa que Obama deixará em sua presidência. Também representa o maior sinal de abertura do regime cubano desde que Fidel Castro tomou o poder, em 1959.

No início de 2015, os dois países flexibilizaram as permissões para viagens e negócios e elevaram o limite de remessas. Na mesma ocasião, também foi liberada a exportação de insumos agrícolas e aparelhos de comunicação dos EUA.

Obama e Raúl Castro fizeram o primeiro encontro oficial em abril, durante a Cúpula das Américas, no Panamá. No mês seguinte, a ilha foi retirada da lista de países patrocinadores do terrorismo, uma exigência do regime.

Pendências

A reabertura das embaixadas, porém, deverá encontrar resistências, principalmente do Congresso norte-americano. As duas casas do Legislativo são dominadas por parlamentares do Partido Republicano, que têm posicionamento contrário à negociação com a ilha. (Folhapress)

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