Terça-feira, 23 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Thunder in the Vicinity

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Depois de perder 3 milhões de clientes no País, mais de cem planos de saúde já fecharam as portas desde 2014

Compartilhe esta notícia:

Empresas e entidades concordam que o segmento pode ficar insustentável. (Foto: Reprodução)

As operadoras de convênios médicos e as entidades de defesa do consumidor concordam em um ponto: os planos de saúde podem ficar insustentáveis nos próximos anos. Com o envelhecimento da população e a queda do número de usuários em meio à crise econômica brasileira, as empresas têm reajustado preços e pleiteado uma maior partilha das despesas com os clientes.

Já o consumidor, geralmente com o seu orçamento apertado, tem se queixado dos aumentos abusivos e da queda de qualidade nos serviços prestados pelas empresas do segmento.

Afetados pela crise econômica, mais de cem planos encerraram suas atividades entre o fim de 2014 e maio deste ano, segundo os dados mais recentes da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). No mesmo período, cerca de 3 milhões de brasileiros perderam renda e tiveram de abrir mão do plano.

Enquanto os reajustes dos planos individuais são limitados pela ANS a até 10%, entre os planos coletivos, que correspondem a quase 80% dos contratos, não existe teto definido. Nos convênios com até 30 beneficiários, que servem de base para a regulamentação, essa alta foi de até 70% na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2017.

Para Ana Carolina Navarrete, advogada e pesquisadora em saúde do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), as empresas do setor alegam que há muita regulação, mas o histórico dos últimos anos mostra que a ANS regula mal esse serviço: “O foco da agência é o equilíbrio econômico-financeiro das operadoras, não a qualidade do serviço prestado ao consumidor”.

O diretor da ANS, Rodrigo Aguiar, admite que os reajustes altos nos planos médicos são a questão mais sensível à agência neste momento e que têm sido monitorados intensamente nos últimos três anos, apesar de ainda não haver uma solução.

As operadoras, por sua vez, argumentam que, com o avanço da tecnologia utilizada em exames e procedimentos médicos, os custos para a prestação desses serviços subiram. Como o Brasil ainda importa a maior parte dos equipamentos hospitalares e os princípios ativos para a fabricação de medicamentos, esses produtos são sensíveis às variações do dólar.

Números

Os números da ANS recentemente divulgados mostram que no ano passado foram 1,5 bilhão de procedimentos (consultas, atendimentos ambulatoriais, exames, terapias, internações e procedimentos odontológicos), 3,4% mais do que em 2016. Além do desperdício, as fraudes e a judicialização, tanto no SUS quanto no serviço privado, encarecem o serviço.

No caso do desperdício e das fraudes, eles já correspondem a um quinto dos gastos assistenciais, de acordo com dados do IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar). “O sistema corre risco”, alerta Reinaldo Scheibe, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde).

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Idade mínima da aposentadoria deve subir a cada dois anos após 2020
Após ações militares, aprovação de Trump sobe para 50%
https://www.osul.com.br/depois-de-perder-3-milhoes-de-clientes-no-pais-mais-de-cem-planos-de-saude-ja-fecharam-as-portas-desde-2014/ Depois de perder 3 milhões de clientes no País, mais de cem planos de saúde já fecharam as portas desde 2014 2018-08-05
Deixe seu comentário
Pode te interessar