Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2017
O ex-deputado federal e ex-assessor do presidente Michel Temer Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) ficou em silêncio no primeiro interrogatório realizado pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (09), em Brasília.
Preso preventivamente desde sábado (03), por ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Edson Fachin, Rocha Loures foi flagrado pela PF carregando uma mala com R$ 500 mil em propina entregue por executivo do frigorífico JBS.
Na quarta-feira (07), o deputado da mala foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, na capital federal. Por decisão judicial, Loures está detido no mesmo bloco que abriga políticos condenados, ex-policiais e detentos com ensino superior completo – os chamados presos especiais. Ele divide uma cela com outros oito presos.
No caso de uma condenação definitiva, Loures seguirá para as celas “comuns”, em outros prédios do complexo penitenciário. O estabelecimento prisional não tem celas individuais. A maioria das celas tem 25 metros quadrados e três treliches, com capacidade para até nove pessoas. O único aparelho eletrônico permitido é uma televisão.
O bloco onde está Loures abriga outros detentos “famosos”, como o ex-senador Luiz Estevão e o doleiro Lúcio Funaro. Presos no mensalão, o publicitário Ramon Hollerbach e o banqueiro Henrique Pizzolato chegaram a cumprir pena no local, mas ganharam direito ao regime semiaberto.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do DF, os banhos de sol são diários, e permitem a saída das celas por duas horas. Cada ala sai em um horário e, por isso, não há contato com os detentos de outras áreas do prédio. Essa periodicidade é determinada pela Lei de Execuções Penais. (AG)