Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2017
Assim como o presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), Jorge Picciani, o deputado Edson Albertassi, líder do governo Luiz Fernando Pezão (PMDB), anunciou neste domingo (19), que vai se licenciar de suas atividades parlamentares no Legislativo fluminense até o fim do recesso parlamentar de janeiro.
Picciani (PMDB/RJ) entra a partir da próxima terça-feira (21), em licença não remunerada, mas mantém o foro privilegiado mesmo afastado de suas funções, ressaltou a Alerj, em nota oficial, publicada neste domingo, 19. Ele afirmou que vai se dedicar à sua defesa na Justiça no período do afastamento, retornando ao cargo apenas no ano que vem.
Picciani e Albertassi são investigados na Operação Cadeia Velha, etapa da Lava Jato sob coordenação do MPF (Ministério Público Federal) e da PF (Polícia Federal) no Rio, junto com o também deputado Paulo Melo, todos do PMDB. Eles são acusados de receber propina para favorecer empresas do setor de construtoras e concessionárias de transporte público, em troca de decisões favoráveis no legislativo fluminense. O Estado, que vive uma grave crise fiscal, teria deixado de receber R$ 183 bilhões em decorrência de benefícios fiscais em favor de empresas envolvidas no esquema de corrupção existente desde os anos 90, segundo o MPF.
O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) mandou bloquear R$ 271 milhões dos três parlamentares e de mais 10 pessoas e 34 empresas que formariam um conluio com empresários.A operação foi deflagrada na terça-feira, quando Picciani, Melo e Albertassi foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento. Na quinta-feira, o colegiado de desembargadores da 1ª Seção Especial do TRF-2 acatou o pedido de prisão preventiva e de afastamento dos cargos dos deputados. Mas os três passaram apenas 24 horas na cadeia, até serem liberados por decisão da própria Alerj, em votação de deputados na última sexta-feira.