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Brasil Deputados aderem à campanha do presidenciável Jair Bolsonaro antes mesmo que os seus partidos decidam quem vão apoiar na eleição deste ano

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Onyx e Bolsonaro têm defendido um novo formato de se fazer política. (Foto: Divulgação)

Sem esperar definições de seus partidos e despreocupados com eventuais retaliações, parlamentares de diversas siglas têm declarado apoio ao pré-candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro. Até a próxima semana, responsáveis pela sua campanha prometem anunciar a adesão de uma centena de deputados federais de legendas de centro e de direita.

A aliança suprapartidária é a alternativa do partido para Bolsonaro compensar a pequena bancada do PSL, ao qual se filiou em abril, e tem apenas oito deputados. Os “desertores” têm sido cooptados para a campanha do presidenciável carioca em almoços, jantares e cafés no apartamento funcional do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

“Eu decidi apoiar o Bolsonaro, que é meu amigo, antes mesmo do meu partido cogitar a candidatura de Rodrigo Maia (presidente da Câmara), então estou muito tranquilo quanto a isso”, justificou o parlamentar gaúcho, que assumiu tanto articulação política da campanha de Bolsonaro quanto a responsabilidade de preparar o cardápio das reuniões.

Os jantares de cooptação têm ocorrido a cada 15 dias. Aos convidados, há uma promessa de discrição e por isso o nome de quase uma centena de apoiadores não é revelado. “Cada um sabe de sua condição partidária ou regional. Não vamos falar quem são eles. Cada um que fale por si”, diz Lorenzoni.

Internamente, o DEM já monitora a movimentação de seus parlamentares pró-Bolsonaro. O PSD, inclusive, aguarda a definição de sua convenção nacional para discutir as providências contra os desertores, como é o caso do deputado federal delegado Éder Mauro, outro entusiasta do pré-candidato do PSL.

“Tomei essa decisão independentemente do meu partido”, justificou Mauro. “O presidente do PSD [o ministro da Ciência e da Tecnologia, Gilberto Kassab] foi muito democrático e me disse que não teria problema.”

No PP, o deputado federal Toninho Pinheiro também já é apontado como aliado certo. No MDB, Rogério Peninha e Valdir Colatto, ambos eleitos para a Câmara por Santa Catarina, não escondem que estarão com Bolsonaro.

Eles integrariam um grupo que vem pressionando para que o partido se mantenha neutro nas eleições presidenciais e liberem os parlamentares para tomarem suas decisões regionais. O objetivo é que assim consigam fazer o maior número de integrantes no Congresso Nacional.

“A falta de definição do MDB nos ajuda a tomar essa postura. Não vejo como o Henrique Meirelles possa se viabilizar como candidato. O partido está dividido, é uma grande colcha de retalhos”, critica o deputado Rogério Peninha, que não acredita em punição na sigla. “Se isso ocorrer, eles terão que retaliar mais da metade do partido.”

Encontros

Os encontros com os aliados vêm ocorrendo desde novembro do ano passado. No começo, o grupo se limitava a seis pessoas por vez. À medida em que Jair Bolsonaro desponta nas pesquisas de intenção de votos e com chances reais de chegar ao segundo turno, encorpa o número de parlamentares que se aproximam de Bolsonaro.

“É natural da política que muitos estejam se aliando apenas para tirar vantagem da popularidade de Bolsonaro”, admite um parlamentar.

Atualmente, 80 deputados federais já estariam apalavrados com o pré-candidato. Desse total, a metade teria se comprometido a pedir votos explicitamente para Bolsonaro, independentemente das alianças que ainda serão anunciadas por seus partidos.

Outros, segundo Onyx Lorenzoni, provavelmente trabalharão de forma discreta, para evitar melindres com as suas legendas, enquanto outra parcela garantiu que no segundo turno entrará com tudo na campanha.

“O trabalho de buscar apoio tem sido feito um a um”, ressalta Lorenzoni. “Estamos fazendo uma preparação para ter uma base aliada, não apenas para o segundo turno, mas já olhando para o governo do Bolsonaro.”

Companheiro do gaúcho no DEM, o deputado Alberto Fraga (DF) é outro que tem atuado a favor de Bolsonaro. Líder da chamadas “Bancada da Bala”, em 2014 ele recebeu uma doação de R$ 80 mil de uma fabricante de armas e defende a liberação delas para a população.

“Defendo as mesmas bandeiras que Bolsonaro e tenho tentando minimizar essa questão com o Rodrigo Maia, mas, de fato, se ele for candidato ficarei em uma saia-justa”, salienta Fraga, que recentemente ganhou as manchetes por compartilhar notícias falsas sobre a vereadora carioca Marielle Franco, assassinada em março.

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