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Mundo Deputados iranianos queimaram a bandeira dos Estados Unidos após o presidente Donald Trump abandonar o acordo nuclear

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Parlamentares saudaram com entusiasmo a queima da bandeira. (Foto: Reprodução)

Um grupo de deputados iranianos ateou fogo à bandeira dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (09), na sede do Parlamento do Irã, e em um documento que representava o acordo nuclear firmado entre o país do Oriente Médio e o Grupo 5+1 (EUA, Rússia, Reino Unido, França, China e Alemanha) em 2015, em protesto pela decisão do presidente americano Donald Trump de se retirar do pacto.

O parlamentar conservador e chefe do comitê nuclear, Moytaba Zolnuri, subiu à tribuna do plenário e, antes de queimar a bandeira americana, gritou o lema revolucionário: “Morte aos EUA”. Outros deputados saudaram com entusiasmo a queima da bandeira e gritaram: “Vocês incendiaram o JCPOA [sigla em inglês do pacto] e nós queimamos a bandeira de vocês”.

Esse gesto simbólico acontece no dia seguinte ao anúncio de Trump de que os EUA deixarão o acordo e voltarão a impor sanções econômicas contra Teerã. A decisão foi condenada por seus aliados europeus e elogiada por Israel e Arábia Saudita. O acordo limita o programa nuclear do Irã em troca do levantamento de sanções, mas, segundo Trump, é “desastroso” e não cumpre seu objetivo de o Irã não conseguir a bomba atômica.

“Narcisista e ignorante na política”

Durante a sessão no Parlamento do Irã, o presidente da Casa descreveu Trump como um indivíduo “narcisista e ignorante na política”. Ali Larijani se perguntou se “é uma honra desempenhar o papel dos bandidos e ser uma marionete de um grupo de responsáveis sem-vergonhas da região como o regime sionista [Israel]”.

Ele relembrou alguns dos “atos estúpidos” protagonizados por Trump. “Esta pessoa um dia na frente dos líderes do mundo na ONU [Organização das Nações Unidas] anuncia que vai destruir o líder da Coreia do Norte” e, outro dia, “se esquece totalmente das suas palavras e diz que ele é uma pessoa respeitosa para negociar”, criticou Larijani.

Ele também citou as mudanças bruscas ocorridas na Síria, onde Trump disse que queria tirar as tropas americanas e dois dias depois efetuou bombardeios. “O senhor Trump acha que a história dos países e das mentes das nações é esquecida e está se tornando inconsciente como a dele”, ironizou.

Esforço diplomático

O presidente iraniano, Hassan Rohani, anunciou que o Irã “continuará” no acordo nuclear se seus interesses estiverem garantidos e tomará “decisões” mais adiante em caso contrário. Entre essas medidas, Rohani advertiu que o Irã pode voltar a enriquecer urânio a “nível industrial”.

O objetivo agora é conversar com os demais signatários do pacto – Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha – para comprovar se preservarão o acordo. Nesta quarta, países europeus anunciaram uma reunião com o Irã na segunda-feira (14).

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, informou que “em resposta às persistentes violações dos EUA e a retirada ilegal do acordo nuclear “vai realizar” um esforço diplomático para descobrir se os outros signatários do JCPOA podem garantir seus benefícios completos para o Irã”. “O resultado [dessas consultas] determinará a nossa resposta”, disse Zarif, em sua conta do Twitter, alinhado com o anúncio feito pelo presidente.

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