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Brasil Deputados já se movimentam para disputar a presidência da Câmara dos Deputados, que ficará vaga caso o presidente Michel Temer seja condenado pelo Supremo e Rodrigo Maia assuma a Presidência da República

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Em evento, deputado diz não ter base eleitoral para ser eleito em cargo do Executivo. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Antes mesmo de uma decisão sobre o futuro do presidente Michel Temer, deputados já se movimentam para disputar a presidência da Câmara, que ficará vaga caso Temer seja condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), e Rodrigo Maia (DEM-RJ) assuma a Presidência da República.

Um dos nomes já ventilados é o do relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA). Aliados do deputado “vazaram” que seu nome foi citado em uma reunião ontem a respeito do tema.

“Essa coisa da minha candidatura está surgindo de maneira muito espontânea. Recebo com muita honra a lembrança do meu nome. Claro que, como amigo do presidente Michel Temer, não vou ficar articulando agora, até porque a denúncia nem foi aceita ainda. Mas sei que o processo de afastamento seria uma coisa muito rápida, fica pouco tempo para fazer campanha, se for o caso”, afirmou Arthur Maia.

Outros nomes citados como potenciais candidatos à presidência da Câmara tiveram reações distintas à de Arthur Maia. O líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), afirmou se tratar de “fofoca maldosa” e rechaçou qualquer articulação neste sentido. Já o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), deputado federal licenciado, disse que qualquer especulação sobre seu nome seria “fogo amigo” e que há “chance zero” disto acontecer.

Apesar da possibilidade de a votação sobre a denúncia contra Temer já acontecer na próxima semana, a disputa pela presidência da Câmara ainda está distante. Se a denúncia for aceita e um processo for aberto no STF, Temer será afastado por 180 dias do cargo até a votação de sua cassação. Neste período, Rodrigo Maia assumiria interinamente a Presidência da República, e o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), passaria a presidir temporariamente a Casa.

Só se Temer for cassado, e Rodrigo Maia eleito indiretamente para a Presidência da República, o processo de eleição para a presidência da Câmara começa.

Intrigas

Aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), têm dito que, apesar das “intrigas” de que ele já está se movimentando para assumir a Presidência da República no lugar de Michel Temer, ele tem conseguido se preservar no papel institucional e mantido o diálogo aberto com o Palácio do Planalto. Para um interlocutor de Maia, ele já passou no teste da conspiração, quando ficou claro que não tinha articulado a indicação de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) para a relatoria da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Mas, segundo o mesmo interlocutor, Maia não tem como escapar do fato de que é candidato natural ao Planalto, caso Temer caia, por ser o primeiro na linha de sucessão.

Maia esteve na noite de segunda-feira com o presidente Temer, no Palácio do Jaburu, e tem mantido contato permanente com o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, com quem tem uma relação familiar (Moreira é casado com a sogra de Maia). O DEM tem assumido a postura de fidelidade ao Planalto e afirma que será o último partido a abandonar o governo. Dos quatro membros do partido na CCJ, apenas um deve votar contra o governo, segundo contabilidade interna.

“O Rodrigo esteve com Temer para mostrar que está alinhado com o governo. Ele tem mantido o diálogo aberto com o Planalto, mas também não é o caso de ele assumir o papel de líder do governo. Esse papel é do Aguinaldo [Ribeiro]”, disse um aliado do presidente da Câmara.

De acordo com esse interlocutor, Maia tem “desestimulado” conversas sobre a sucessão no Planalto, apesar de o assunto ser abordado constantemente por colegas.

Correligionários de Maia dizem que há muita especulação sobre os movimentos do deputado. Um amigo afirma que ele já deu provas de que não está fazendo jogo duplo.

“Quando Zveiter foi escolhido relator, surgiram especulações de que o Rodrigo tinha articulado isso. Mas, depois, ficou claro que não. Ali ele ultrapassou a fronteira da suspeita de conspiração. As pessoas têm dificuldade de entender que o Rodrigo não está fazendo campanha, mas ele é o candidato natural, em caso de queda de Temer”, avaliou um assíduo frequentador da residência oficial da Câmara.

Outro integrante do DEM na CCJ conta que Maia o convenceu pessoalmente a votar contra a denúncia na comissão. Na terça-feira, Maia pediu pressa na votação da denúncia, justamente o que o governo quer. (Júnia Gama, Catarina Alencastro e Cristiane Jungblut/AG)

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