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Mundo Deputados propõem uma multa de 90 euros para cantada machista na França

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Estudo mostra que quase metade das entrevistadas já foi assediada no ambiente profissional. (Foto: Reprodução)

Um grupo de parlamentares da França propôs nesta quinta-feira,1, uma multa de ao menos 90 euros para punir cantadas consideradas machistas, como parte do esforço do governo do presidente Emmanuel Macron para combater o sexismo e o abuso sexual.

A proposta foi apresentada por cinco deputados à Assembleia Nacional. As multas punirão comentários e comportamentos que intimidem ou ofendam a vítima de assédio. Não está claro ainda, no entanto, como essa multa seria aplicada.

A secretária de Estado para o direito das mulheres, Marlene Schiappa, propôs no fim do ano passado uma multa para punir cantadas. Ela faz parte do grupo de estudo do governo para combater o assédio sexual e deve apresentar um outro projeto no fim do mês. Uma pesquisa sobre propostas para combater o assédio feita a pedido do governo deve ser apresentada nos próximos dias.

“Nós poderíamos qualificar essas situações, que se traduzem na rua por fatos que precisam, aliás, serem definidos, de ‘ultraje sexista’, que poderão configurar uma contravenção e levar a uma multa”, afirmou Nicole Belloubet. A ministra reconhece a dificuldade prática de multar os infratores em flagrante, mas o governo considera a medida simbólica e de caráter pedagógico sobre a atitude masculina.

Atrizes francesas

Profissionais da indústria cinematográfica francesa lançaram um movimento que busca oferecer apoio para vítimas de assédio sexual. Ao todo, mais de 100 atrizes e profissionais de outras funções, incluindo Vanessa Paradis apoiam a iniciativa e usarão fitas brancas como forma de protesto na cerimônia de entrega de prêmios do César, maior premiação de cinema da França. O evento será realizado nesta sexta-feira, em Paris, dois dias antes da cerimônia do Oscar em Los Angeles.

Similar ao fundo Time’s Up, que existe para ajudar sobreviventes de casos de assédio na indústria cinematográfica americana, as francesas criaram a campanha #MaintenantOnAgit (algo como “agora nós agimos”, em tradução livre). Os fundos angariados são utilizados para que mulheres consigam arcar com os custos das ações legais contra seus agressores.

Entre os nomes que assinaram a carta inicial do movimento estão Diane Kruger (atriz alemã que vive na França), Clemence Poesy, Julie Gayet, Anna Mouglalis, Adèle Haenel, Camélia Jordana e Sandrine Bonnaire. “É hora de agir. Juntas, vamos apoiar aquelas que trabalham de forma concreta para que ninguém nunca mais responda #MeToo”, diz o texto.

De acordo com Anne-Cécile Mailfert, presidente da Fondation des Femmes, o objetivo da #MaintenantOnAgit é arrecadar ao menos um milhão de euros. “Agora nós agimos. Isso significa que agora nós doamos. Algumas associações estão sobrecarregadas. É urgente entender que a luta conta a violência contra a mulher requer fundos”, disse Mailfert em entrevista para a AFP.  “O discurso de libertação deve agora ser incorporado em ações. Caso contrário, as mulheres vão falar ao vento”, comentou a atriz Anna Mouglalis, uma das signatárias.

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https://www.osul.com.br/deputados-propoem-uma-multa-de-90-euros-para-cantada-machista-na-franca/ Deputados propõem uma multa de 90 euros para cantada machista na França 2018-03-01
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