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Política Deputados querem limitar os gastos de equipes de ex-presidentes

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Pesquisa aponta alta rejeição a Dilma Rousseff. (Foto: Reprodução)

Depois de reportagens mostrarem que a equipe de Dilma Rousseff gastou mais de 520 mil reais com diárias e passagens nos primeiros seis meses de 2017, parlamentares passaram a defender regras mais rígidas para este tipo de despesa. Para adversários do PT, o decreto que permite a cada um dos ex-mandatários ter até oito assessores, com salários e gastos com viagens bancados pelos cofres públicos, deve ter regras mais duras, como um limitador. Já para petistas, trata-se de um assunto menor.

O levantamento mostrou que a equipe da petista consumiu o triplo do que os assessores dos outros ex-presidentes usaram, juntos, no mesmo período. A presidenta tem usado as viagens para fazer campanha criticando o processo de impeachment.

O líder do DEM, deputado Efraim Filho (DEM-PB), afirma que sua assessoria irá avaliar maneiras de alterar o decreto de forma que ele seja mais objetivo em relação aos gastos.

“É o caso de ter limitadores para aquilo que é uma representação institucional, não para satisfazer vaidades. Se ela quer tratar de assuntos particulares, que faça com seu próprio dinheiro. Vou fazer uma reavaliação do decreto”,  afirma Efraim.

Para o especialista em contas públicas Raul Velloso, seria preciso estabelecer um teto de gastos para este tipo de despesa, a exemplo do que foi feito com as contas públicas em geral em dezembro do ano passado.

“Num momento de moderação, o que se deve gastar nesse tipo de coisa deve ser razoável. Não deveria ultrapassar o que os presidentes anteriores gastaram. Não é nada sofisticado, nem científico, mas dá noção do que deveria ser limite para que os gastos atuais não soem como excessivos”, defende.

Para o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP), este assunto não é prioridade. Ele acredita que Dilma teve de viajar de forma mais intensa nos primeiros meses após sofrer o impeachment para “denunciar o golpe”. Mas, segundo Zarattini, Dilma não irá mais viajar e a tendência é que esses gastos sejam naturalmente reduzidos.

“Eles reclamam quando é nosso caso. Quando é FHC, José Sarney, não falam nada. Existe uma regra que está sendo respeitada, para que fazer mudança? Os ex-presidentes sempre tiveram essa segurança e mobilidade”,  pontua Zarattini.

Gastos

Já de 2011 a 2017, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera as despesas da Presidência com auxiliares de ex-ocupantes do Palácio do Planalto: R$ 3,1 milhões, seguido pelo grupo de Fernando Collor, com R$ 1,2 milhão, e Fernando Henrique Cardoso, com R$ 685 mil.

De janeiro a 21 de junho deste ano, o Palácio do Planalto desembolsou, para os assessores de Dilma, R$ 282.024,80 em diárias e R$ 240.672,49 em passagens. Nesse intervalo, a equipe dela viajou para pelo menos sete países: Suíça, França, Estados Unidos, Espanha, Itália, Argentina e México. No mesmo período, o grupo de Lula gastou, com diárias e passagens, R$ 88.543,66; seguido por Collor, com R$ 78.465,74; FHC, com R$ 7.670; e o ex-presidente José Sarney, com R$ 2.808,04.

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https://www.osul.com.br/deputados-querem-limitar-os-gastos-de-equipes-de-ex-presidentes/ Deputados querem limitar os gastos de equipes de ex-presidentes 2017-07-22
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