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Brasil “Desconheço e não acredito muito”, diz Dilma sobre suposta propina a Lula

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Ex-presidente depôs como testemunha de defesa no caso que apura a venda de uma medida provisória para o setor automotivo. (Foto: Agência Brasil)

Em depoimento prestado à 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília nesta quinta-feira (14), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse desconhecer se houve oferta ou recebimento de propina pelo antecessor no cargo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em troca de editar, em 2009, uma MP (medida provisória) que prorrogou incentivos fiscais de montadoras de veículos instaladas no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste.

Questionada pela defesa do petista se sabia do pagamento de alguma vantagem indevida a Lula, conforme consta da denúncia feita pelo Ministério Público Federal, Dilma respondeu: “Nunca tive nenhum conhecimento, até porque, se tivesse tido, teria sido minha obrigação reportar para as autoridades competentes. E também não acredito muito que tenha havido”.

Lula, o ex-ministro Gilberto Carvalho e mais cinco pessoas respondem a ação penal por, supostamente, vender a MP 471 a lobistas que defendiam os interesses da Caoa, que fabricava automóveis da Hyundai, e da MMC Automotores (Mitsubishi).

Os procuradores da República responsáveis pela Operação Zelotes sustentam que a Marcondes e Mautoni Empreendimentos – empresa do lobista Mauro Marcondes Machado, que representava as duas empresas – ofereceu R$ 6 milhões a Lula e Carvalho. O destino do dinheiro, segundo a Procuradoria, seria o financiamento de campanhas eleitorais do PT. Lula, Carvalho e Machado negam as ilicitudes.

Dilma falou nesta quinta por videoconferência, de Porto Alegre, cidade em que vive. Ela fez longas explanações sobre as razões de o governo conceder, desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso, incentivos regionais para as montadoras e sobre a tramitação de MPs na Casa Civil.

Na época da edição da 471, ela era ministra-chefe da pasta. Em 2010, já eleita presidente, foi a responsável por promulgar a medida assim que ela foi convertida em lei pelo Congresso.

“Acho até estranho [alegar ilicitude no caso]. Teríamos de fazer essa MP de qualquer forma. Não era uma questão de escolha do governante daquele momento”, argumentou, acrescentando que havia uma crise internacional naquele ano e que a indústria automobilística estrangeira, em países como o Brasil, exerce forte pressão sobre o governo, já que não há tecnologia nacional.

“Um processo histórico acabou com a nossa capacidade de gerar uma marca própria. Você vive das empresas internacionais, que formam um oligopólio.” Dilma depôs como testemunha de defesa de Lula. Além dela, o senador Jaques Wagner (PT-BA), ex-governador da Bahia, afirmou desconhecer eventual pagamento ou oferta de propinas relativas à MP.

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