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Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2017
Desde o início do governo de Donald Trump, sua taxa de aprovação caiu de 45,5% para 37%. Os democratas têm visto esses números como um bom presságio para as eleições legislativas do ano que vem. Mas esse otimismo é ilusório. A maioria republicana parece garantida tanto na Câmara quanto no Senado – afastando qualquer possibilidade de impeachment sem apoio do Partido Republicano.
Há várias razões para isso. A mais importante foi o último redesenho, em 2010, dos distritos eleitorais, prática conhecida em inglês como “gerrymandering”. Com o domínio de 26 legislaturas e 29 governos estaduais, os republicanos reuniram uma demografia favorável e tornaram algo como 95% das cadeiras da Câmara impermeáveis a mudanças.
Na simulação feita pelo blog The CrossTab, mesmo levando em conta a popularidade sofrível de Trump, os democratas ganhariam apenas 3 das 435 cadeiras, e os republicanos manteriam uma maioria de 238. A probabilidade de maioria democrata, segundo o CrossTab, é inferior a 14% e, para recuperá-la, eles teriam de ter um patamar de apoio superior a 58% (hoje é de 53%).
No Senado, a situação é ainda mais confortável para Trump. Estarão em jogo 25 dos 48 assentos democratas, 6 deles sob risco. Ao mesmo tempo, apenas 8 dos 52 assentos republicanos entrarão na disputa – e todos os senadores do partido vêm de Estados que Trump venceu por margem superior a 5 pontos porcentuais. Enquanto os votos democratas se concentram nas áreas urbanas de poucos Estados, os republicanos estão mais espalhados pelo país e dominam as áreas rurais. A fortaleza legislativa de Trump parece inexpugnável.
A grande influência do pequeno Marco
Durante as primárias, Trump fazia pouco dele e o chamava de “Little Marco”. Agora, aproximou-se do senador Marco Rubio, da Flórida. Rubio foi o mentor do afastamento de Cuba e elaborou a lista dos venezuelanos que deveriam ser submetidos a sanções, após a eleição da Assembleia Constituinte. Ele vê no ditador Nicolás Maduro um novo Fidel Castro, tornou-se o maior adversário do regime venezuelano nos Estados Unidos e um artífice da política do governo Trump para a América Latina.
O craque mexicano na lista de sanções
Outro que entrou na lista americana de sanções é o capitão da seleção mexicana, Rafa Márquez, sob a acusação de ligações com traficantes do cartel Flores. Seus ativos nos Estados Unidos foram congelados. De acordo com o Departamento de Tesouro, ele foi usado como laranja pelo líder do cartel, Raúl Flores.
Letterman quer entrevistar Trump e Kim
Depois de dois anos longe das telas, o apresentador David Letterman aceitou o convite da Netflix para comandar uma série em seis episódios com entrevistas e reportagens. Ele declarou à Hollywood Reporter que adoraria entrevistar o presidente Donald Trump – recebido dezenas de vezes no Late Show – e o ditador norte-coreano Kim Jong-un. (Helio Gurovitz/O Estado de S.Paulo)