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Brasil Desde a posse do atual diretor-geral da Polícia Federal, há três meses, Temer discute como trocar o delegado responsável pelo inquérito contra ele

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Presidente está irritado com novas intimações de testemunhas. (Foto: Lula Marques/AGPT)

Desde que Fernando Segovia assumiu a direção-geral da PF (Polícia Federal), em novembro, o presidente Michel Temer discute com auxiliares, ministros e o advogado Antonio Claudio Mariz como trocar o delegado Cleyber Malta Lopes, que conduz o inquérito em que o chefe do Executivo é investigado por supostamente beneficiar uma empresa do setor de portos.

Irritação

Nas últimas semanas, Temer manifestou dois grandes focos de irritação em relação ao inquérito. O primeiro foram as novas intimações do empresário Joesley Batista (que prestará novo depoimento na quinta-feira), do ex-executivo da JBS/Friboi Ricardo Saud (que falará no dia seguinte) e do coronel aposentado da Polícia Militar João Batista Lima.

Conforme interlocutores, Temer estranhou o fato de Joesley ter sido chamado para mais uma oitiva. Na avaliação do presidente, a nova intimação de Saud demonstra que, agora, o executivo está disposto a falar. No caso de João Batista Lima, a PF insiste no depoimento do ex-coronel e amigo de Temer. Até agora, ele não foi ouvido, alegando questões de saúde. A defesa de Temer pediu o arquivamento do inquérito antes mesmo da nova intimação. Lima é considerado peça-chave pelos investigadores.

Mas nada teria irritou mais o comando do Palácio do Planalto que o pedido para que uma investigação antiga – e arquivada – contra Temer fosse incluída no inquérito. O delegado Cleyber Lopes pediu ao ministro Marco Aurelio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), que arquivou um inquérito contra Temer em 2011, o compartilhamento do material que já investigava o possível envolvimento do hoje presidente em suposto pagamento de propina no setor portuário.

O processo cita Temer e Marcelo Azeredo, ex-presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), que havia sido indicado com apoio do PMDB. Para os investigadores, uma das planilhas anexadas faz referência à distribuição de propina desviada de contratos do Porto de Santos (SP).

O presidente e seus auxiliares repetem oficialmente que o atual inquérito não dará em nada. Mas não contavam com a declaração de Segovia, que irritou os investigadores. Neste sábado, ministros aconselharam o presidente a, se for se pronunciar, declarar que Segovia falou em tom pessoal. Além disso, querem que o presidente da República desvie o foco da polêmica, indo a Roraima na segunda-feira para visitar refugiados da Venezuela.

Temer discute a melhor estratégia para lidar com a crise criada por Segovia. Mas, em suas conversas, não se cogita a saída do diretor-geral da PF. A Secretaria de Imprensa da Presidência da República procurou o blog para dizer que as medidas do governo em relação a Roraima não têm relação com a fala do diretor-geral da PF, Fernando Segovia. A assessoria informa que, desde quinta-feira, o presidente já discutia a viagem para o Estado da Região Norte. A decisão de viajar na segunda-feira foi tomada por Temer nesse fim-de-semana.

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