Marga Pasquali, direção da Bolsa de Arte, e Nara Amélia, em sua primeira exposição individual, receberam no vernissage da coleção “Paisagem Moralizada”. (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)
Gasparotto
“Se sonhar pouco é arriscado, a cura disso não é sonhar menos, mas sonhar mais, sonhar o tempo todo.”
Marcel Proust, cuja partida, aos 51 anos, ocorreu no dia 18 de novembro de 1922, em Paris.
A mostra “Paisagem Moralizada” pode ser considerada entre as melhores do ano. A artista Nara Amelia, em sua primeira individual, na Bolsa de Arte, evidencia excepcional qualidade de desenho e habilidade manual incomum.
Em tempos de renovação nas formas de expressão artística, muitas produtos de métodos mecânicos – nem por isto menos válidas – e manifestações destituídas de talento, mas de efeito ruidoso, o reconhecimento ao desenho de qualidade é imprescindível.
Nara Amelia tem escolhas de grande sensibilidade, como, trabalhar um texto de Marcel Proust com véu transparente acrescido de uma elaboração com fio de ouro e um ramo de flores secas, o que é absolutamente poético. Destaquei este trabalho reverenciando a lembrança do mestre da literatura francesa, cuja morte, há 94 anos, foi em 18 de novembro.
Desenhos, gravuras e bordados de Nara Amelia constituem um acervo que deve ser admirado com atenção, o que poderá ser feito até 22 de dezembro na Bolsa de Arte.
O trabalho da artista avalia as relações entre natureza e cultura, pensando nos personagens animais e vegetais como portadores de significados. (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)
Colegas de arte: Ana Rocha e Roberta Agostini estiveram nos espaços da Bolsa de Arte para apreciar as criações de Nara Amélia. (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)
Olhar atento: Franciele Sampaio, interpretando uma das gravuras da mostra. (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)
Maria Cecília Sperb e Ana Regina Wallauer conferiram o trabalho da jovem artista, que reúne 45 obras em pequenos formatos com diferentes processos de gravura e desenho, além de bordados. (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)
Nara Amélia tem vasto currículo na área das letras e das artes, passando inclusive pela conceituada Universidade de Sorbonne, na França. (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)
O bordado com a coruja é uma das atrações da exposição. (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)
A mistura de itens literários com gravuras e desenhos dá significado às obras. (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)
O menino triste sendo amparado pelos animais: um alerta ao tratamento indevido que damos à natureza? (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)
O artista plástico Leandro Machado observando atentamente um dos desenhos de Nara Amélia. (Foto: Pedro Antonio Heinrich/especial)