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Geral Dia dos Namorados: como manter namoro no trabalho sem comprometer relações profissionais

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O instrumento surgiu há cerca de cinco anos e ganhou força na doutrina jurídica. (Foto: Reprodução)

Às vezes, a pessoa certa pode estar mais perto do que se imagina, inclusive na mesma empresa. São inúmeras as histórias de casais que se conheceram por trabalharem no mesmo lugar. Mas nem sempre é fácil administrar essa situação.

“A gente ficou preocupado quando o clima começou. Eu tinha medo de ser demitido, ia ser efetivado em breve”, conta o advogado Jonathan Proença, de 28 anos, que começou a trabalhar, em 2014, no mesmo escritório da advogada Érika Troina, hoje sua namorada, também de 28.

Eles mantiveram segredo de toda a equipe por um ano com medo de não terem a aprovação do chefe do escritório. Até que resolveram pedir uma reunião para contar.

“Ficamos tensos, mas a resposta foi muito positiva. Ele não viu problema nenhum, disse só que conhecia nosso trabalho e que tínhamos que continuar com bons resultados”, conta Érika.

Para Débora Nascimento, especialista em RH, o chefe deve ser o primeiro a saber:

“O diálogo é sempre o melhor caminho. A empresa não quer perder bons profissionais, mas quer garantir o mesmo desempenho.”

Por isso, é importante manter a postura profissional e separar as coisas. Esse é o segredo do casal, há quatro anos.

“Temos uma regra: dentro do escritório somos só colegas de profissão. Fora, somos um casal. Mas os assuntos de trabalho nunca acabam. E adoramos isso. Meu chefe brinca que eu trabalho tanto que não tive tempo de achar namorado”, diz Érika.

Empresa deve ter regra clara

Algumas empresas vetam o relacionamento entre funcionários. Apesar de não existir nenhuma lei que proíba, as empresas podem ter normas internas impedindo relacionamentos em casos específicos ou em qualquer tipo de situação. Se existe a norma, uma violação poderia ser considerada insubordinação do funcionário, podendo justificar uma demissão por justa causa.

“Muitas decisões dos tribunais levam em conta que se o funcionário sabia da proibição, justificaria a demissão por justa causa. Mas há interpretações de que isso seria uma violação dos direitos constitucionais também, não sendo possível demitir em nenhum caso”, afirma Solon Tepedino, advogado trabalhista.

Segundo o Tribunal Superior do Trabalho, não há jurisprudência sobre o tema. O ideal é que as normas da empresa quanto a isso sejam bem claras e comunicadas pelo departamento de Recursos Humanos no momento da contratação. Mas nem sempre isso acontece.

“Nunca fomos avisados de que era proibido. Mas, todos diziam que namoro não era bem visto na empresa. Por isso, sempre fomos muito discretos”, conta a jornalista Mariana Bard, de 27 anos, que hoje trabalha em outra empresa, mas ficou noiva do assistente editorial Leandro Gaignoux, de 30.

Às vezes, há cláusulas no contrato de trabalho que tratam de algum tipo de impedimento. É preciso verificar o que é dito, inclusive para ter argumentos em caso de alguma contestação legal.

Discrição é peça-chave

Alguns relacionamentos podem ser mais complicados para a empresa, como o que ocorre entre chefe e subordinado. Por haver um certo conflito de interesse, a empresa pode pedir para alguém mudar de área. Mas, nos demais casos, muitas companhias não veem problemas em seus funcionários serem casais, mas exigem regras de comportamento.

As exigências podem variar de acordo com a proximidade profissional dos dois no dia a dia, como para casais que trabalham no mesmo setor. Mas, em todos os casos, é exigido que os casais não se comportem como namorados no trabalho.

Para a consultora de Recursos Humanos e diretora do grupo Capacitare, Débora Nascimento, é muito importante o casal entender que no ambiente de trabalho a relação deve ser estritamente profissional.

“Não é bem visto, por exemplo, casais trocarem carícias ou usarem material de trabalho para se comunicar sobre assuntos pessoais, como e-mail ou celular corporativo. Ou mesmo tratarem de problemas pessoais no ambiente de trabalho. É importante manter postura profissional.

É preciso não só ficar atento à opinião do chefe sobre o comportamento como também do resto do time. Passar a impressão de que está beneficiando o parceiro profissionalmente por ser namorado ou namorada pode afetar a dinâmica da equipe.

“A chefia também irá avaliar como a equipe lida com o relacionamento daquele casal. Se ele é bem aceito pelo grupo, é uma ótima notícia. Caso não seja, o gestor pode avaliar que é prejudicial para a equipe e para a empresa”, avalia Débora.

Mas, em muitos casos, os colegas de trabalho acabam virando os grandes amigos do casal.

“Sentimos saudades da época em que trabalhávamos juntos, principalmente pelo contato com grandes amigos em comum que tínhamos”, conta Mariana Bard.

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