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Brasil Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla alerta a população sobre a necessidade de detectar e tratar a doença

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(Foto: Reprodução)

No dia 30 de agosto, será celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre a EM (Esclerose Múltipla), data criada com o intuito de alertar a população sobre a necessidade de detectar e tratar a doença. Atualmente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima um total de 35 mil pacientes com esclerose múltipla no País, desses apenas 13 mil estão em tratamento.

A ausência de acompanhamento da EM implica na deterioração da qualidade de vida e coloca em cheque fatores importantes como a capacidade de locomoção, comunicação e inclusive o desempenho sexual, perda apontada como a quarta colocada no ranking de importância de preocupação entre pacientes homens, feito na Universidade de Coimbra, em Portugal.

A rotina de um paciente com esclerose múltipla é repleta de pontos altos e baixos. Os “surtos”, conjunto de sintomas que aparecem e reaparecem com o passar do tempo dependendo do estágio em que a doença se encontra, prejudicam diretamente a qualidade de vida e podem gerar diversas incapacidades.

Entre esses sintomas está a disfunção sexual, grande preocupação principalmente dos homens acometidos pela esclerose múltipla (EM). Estima-se que 90% deles apresentem disfunção sexual em algum estágio da doença, e estudos apontam que, entre as incapacidades resultantes, como perda de equilíbrio, coordenação motora, força e visão, a disfunção é a quarta colocada em um ranking de importância de preocupação entre pacientes do sexo masculino, enquanto entre as mulheres aparece em 10º lugar, de acordo com um estudo feito na Universidade de Coimbra, em Portugal.

“Os primeiros sinais da doença se dão entre os 20 e 40 anos, coincidindo com uma idade sexual ativa dos pacientes e, apesar de ser raro, a disfunção sexual pode ser um dos primeiros sinais e facilmente confundida com outro problema sexual mais comum. Além disso, muitos pacientes se inibem e não relatam o sintoma quando vão ao médico”, afirmou a doutora Soniza Vieira Alves Leon.

Segundo a OMS, hoje, a doença é um conhecido problema de saúde pública mundial por conta do impacto socioeconômico que suas incapacidades geram. A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica e de diagnóstico complexo cujo desconhecimento sobre suas causas mimetiza seus sinais e sintomas.

Ela é caracterizada por uma reação inflamatória na qual são “danificadas“ as bainhas de mielina que envolvem os neurônios no encéfalo e na medula espinhal, estruturas que constituem o sistema nervoso central, prejudicando diretamente a neurotransmissão e provocando dificuldades motoras, sensitivas, de equilíbrio e de função visual, entre outras, que impactam na qualidade de vida dos pacientes.

“Por ser uma doença inflamatória e degenerativa, o fator psicológico é bastante importante como um todo devido às expectativas de sequelas que a EM pode provocar. Contudo, com os recursos para diagnósticos e tratamento cada vez mais eficazes e precoces, a história natural da EM vem sendo modificada nos últimos 15 anos”, comentou Soniza.

Existem três tipos de disfunção sexual na EM: a primária, secundária e terciária. A primária corresponde a alterações resultantes das lesões provocadas pela própria doença, com consequente diminuição da libido, diminuição da sensibilidade na região genital e disfunção erétil. Já a secundária surge como consequência indireta de alterações primárias como fadiga, dificuldade de atenção, falta de concentração e prejuízos na coordenação motora. A terciária possui conexão com o desenvolvimento de depressão, ansiedade e irritabilidade. Apesar de não possuir comprovação científica, muitos especialistas acreditam que uma vida sexual ativa ajuda no progresso do tratamento da doença.

Tratamento com resultados positivos

Embora ainda não haja uma cura, os tratamentos buscam reduzir a atividade inflamatória da EM e os surtos, proporcionando uma melhora na qualidade da vida sexual dos pacientes. O estudo BENEFIT, acompanhado ao longo de 11 anos pelos Comitês Americano e Europeu para Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla em Boston, Massachusetts, revela que o tratamento precoce com Betaferon® (betainterferona-1b) diminui os efeitos das complicações motoras e sensitivas dos portadores em estágio inicial.

O betainterferona-1b faz parte da primeira categoria de opções terapêuticas, os imunomoduladores, que tem por objetivo reduzir a intensidade dos surtos e o intervalo entre eles, agindo sobre os processos imunológicos. As causas exatas da EM ainda não são conhecidas, mas há dados que sugerem que a susceptibilidade genética, e fatores ambientais estão associados ao desenvolvimento da doença.

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