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Esporte Diferentes no temperamento, Tite e seu auxiliar Cléber Xavier planejam sua primeira Copa

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Tite e Cléber Xavier, na seleção brasileira de futebol. (Foto: Divulgação/CBF)

No comando da Seleção, Tite leva por onde vai uma sombra, constante fonte de luz para suas ideias, mas também de saudáveis dúvidas para suas certezas. A onipresente companhia tem um nome: Cléber Xavier, 53 anos, seu inseparável auxiliar técnico. Frequentemente chamado de braço direito ou fiel escudeiro do técnico, este gaúcho de Alegrete, e hoje carioca de adoção, é considerado ainda um segundo treinador, apenas um degrau abaixo quando se trata de tomar uma decisão final face a uma discordância. Apesar de diferentes no estilo e na personalidade, os dois vivem há 16 anos uma inabalável parceria nos gramados.

Tudo começou em 2001, conforme reportagem do jornal O Globo, quando Tite, então campeão gaúcho pelo Caxias, foi contratado pelo Grêmio. Cléber trabalhava nas categorias de base do tricolor.

“A direção do Grêmio pediu ao Tite que não trouxesse nenhum auxiliar, para que eu pudesse trabalhar com ele. E continuamos juntos direto, em todos os times em que ele esteve depois”, conta Cléber, sentado em uma poltrona do Hotel Mercure, em Lille, na véspera de Brasil x Japão.

Ele é o primeiro a lembrar as diferenças que tem em relação ao chefe.

“Tite é um cara que é 24 horas ligado no trabalho. Já eu desligo toda hora (risos). Ele é um cara super-reservado, fechado, e eu sou aberto, social. Eu sou mais expansivo. Vivo indo a shows, gosto de música, teatro, cinema, bar. Por isso que não moro na Barra, onde está toda a comissão técnica, e fui viver no Leblon. Gosto de movimento. A gente brinca que, quando nos conhecemos, ele queria me trancar e, eu, soltá-lo, mas nenhum dos dois conseguiu uma coisa ou outra. Por isso, a gente se respeita, e a parceria anda.”

No futebol, a sinergia é evidente, e se mostra ainda mais necessária à medida em que se aproxima o Mundial de 2018. Cléber define três etapas para a seleção até agora: a busca da classificação nas eliminatórias; a consolidação da equipe com ajustes táticos, e a fase, agora, de enfrentar novas escolas de jogo em amistosos, como a asiática e europeia.

“Fizemos 48 treinamentos desde que assumimos, foram 15 jogos, o tempo é muito pequeno. Vamos continuar dando oportunidade a jogadores. Teremos um vácuo de novembro a março, quando ocorrerá uma nova convocação, e neste período vamos seguir viajando, vendo jogos, treinos, e acompanhando os atletas dentro e fora do país”, diz Cleber.
Segundo ele, além dos 25 jogadores atualmente convocados, cerca de outros 15 permanecem no radar de Tite e da comissão técnica para a definição da lista final para a Copa do Mundo. E, até lá, novos nomes podem surgir.
O auxiliar afirma que o trabalho da seleção está balizado em três eixos: criatividade, objetividade e solidez, pela ordem de Tite. Cléber coloca a solidez em primeiro.

“O Tite diz que é porque sou mais defensivista. Vamos para uma competição em que é muito difícil virar depois de tomar um gol. Esta nossa seleção levou 11 gols e não tomou gols em 11 de seus 15 jogos. Nas eliminatórias, não levou gol em nove dos 12 jogos. Ela cria muito, porque tem jogadores com capacidade técnica do meio para a frente, e é objetiva porque chega em pouco tempo ao campo adversário.”

Churrasco prometido
A dupla técnico-auxiliar modificou ao longo dos anos o sistema motivacional com os jogadores. O tempo dedicado a isso foi reduzido, e não são mais usados vídeo e música: “ Nós utilizamos a palavra motivacional, porque o Tite é um cara emocional, e eu também. Mas a preparação dessa parte não é mais como antes, em que se fazia a parte tática e se finalizava com um vídeo ou uma música no ônibus”, diz Cléber, que, entretanto, não abre mão dos vídeos táticos para os jogadores.

Entre treinadores em atividade, Cléber diz apreciar nomes como Carlo Ancelotti, recém-saído do Bayern de Munique, e Massimiliano Allegri, da Juventus.

“Admiro muito o Guardiola também, que sabe defender com posse de bola. Ele equilibrou o City, hoje uma das melhores equipes do mundo. E há técnicos como o Maurizio Sarri, do Napoli, que vem jogando um futebol lindo, bem equilibrado, com muita posse, triangulação, e chegada rápida à frente.”

Antes das eliminatórias, se o Brasil alcançasse a classificação, Cléber disse que levaria Tite a Alegrete para saborear um churrasco.

“ Eu tinha dito brincando. Não dá para levar o Tite a lugar nenhum. Você não tira ele de casa nem em Caxias. Nas festas da comissão técnica, ele fica um pouquinho e já vai embora (risos).”

Dependendo do resultado na Copa, o churrasco alegretense poderá, quem sabe, finalmente acontecer.

 

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