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Armando Burd Difícil entender

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“Não se pode deixar a reforma para depois. Já se empurrou muito com a barriga. As aposentadorias polpudas consomem quase a metade dos recursos da Previdência. É preciso acabar com os privilégios de poucos.” Declaração do ministro das Cidades Olívio Dutra a 15 de janeiro de 2003.(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Há contradição no comportamento de parte esclarecida da população brasileira.

Em um primeiro momento, reclama que políticos não traduzem seus ideais e não interpretam anseios de interesse público. Acusa-os por decepcionar, praticando o aniquilamento da boa fé.

Depois, silenciam quando tomam conhecimento de que o déficit nas contas do governo federal é constante e se avoluma, tendo atingido 160 bilhões de reais no ano passado.

Pelos ares

Professores de Economia deveriam criar um corpo de voluntários para explicar em detalhes sobre o que significa o rombo nas contas públicas, não só da União, como de estados e prefeituras. Por décadas, temos visto o dinheiro arrecadado na forma de impostos se dissipar como cinzas ao vento.

Causa e consequência

Não há país cujos contribuintes possam suportar tantos desperdícios como ocorrem na maioria dos governos brasileiros. O déficit gera inflação, desmoraliza a moeda e avilta a Economia.

Sem controle

O braço empresarial do setor público é uma das causas do desperdício. Com pouca transparência, tornou-se um sumidouro de recursos. A população precisa saber, com toda a clareza, o que fazem com seu dinheiro, identificando os despropósitos. Caso contrário, uma minoria que se perpetua no poder destruirá os fundamentos da República.

O que se repete

Os absurdos na gestão pública têm dois ingredientes que não variam: a falta de planejamento e o excesso de gastos muito além da receita.

Desconectados

Alguns governantes, que insistem em administrar enclausurados, não perceberam que, em 1965, houve o lançamento do Early Bird, o primeiro satélite de comunicação do mundo. Era o início da era da transmissão instantânea de informações.

Com tranca de ferro

Acreditando que as explicações fundamentadas e a prestação de contas à opinião pública não são necessárias, governantes de portas fechadas acham que estão no século 19. Para lembrar: quando o presidente norte-americano Abraham Lincoln foi assassinado, a 15 de abril de 1865, a notícia demorou 14 dias para que os europeus tomassem conhecimento. Era o tempo que um navio levava para cruzar o Oceano Atlântico.

Velocidade

Hoje, uma oscilação na Bolsa de Valores de Hong Kong leva 7 segundos para chegar a todos os pontos do mundo, atingir mercados e fortunas.

Havia pressa

“Não se pode deixar a reforma para depois. Já se empurrou muito com a barriga. As aposentadorias polpudas consomem quase a metade dos recursos da Previdência. É preciso acabar com os privilégios de poucos.” Declaração do ministro das Cidades Olívio Dutra a 15 de janeiro de 2003.

Insistência

Ainda sobre Previdência. No mesmo dia em que Olívio se manifestou, o secretário especial do Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, declarou em entrevista: “O Palácio do Planalto está disposto a enfrentar pressão dos lobbies corporativos. Vai sair a reforma da Previdência para defender os interesses da sociedade brasileira e todo vai ter de ceder um pouco.”

Passados 15 anos, o PT mudou.

Contra imposição

Completam-se 20 anos de uma sentença que teve repercussão nacional. Em janeiro de 1998, a juíza Marisa Ferreira dos Santos, da 8ª Vara Federal, desobrigou a Rádio Eldorado, de São Paulo, de transmitir A Voz do Brasil. Qualificou o programa como “abominável” e um resquício da ditadura Vargas, por obrigar todas as emissoras de rádio a transmitir no mesmo horário, não dando aos ouvintes qualquer outra opção.

A decisão acabou sendo derrubada meses depois.

Terão o que contar

Diante das primeiras reações de eleitores, muitos candidatos sabem que, durante a campanha eleitoral, reunirão episódios para futura publicação. Título sugerido: Antologia de Sustos.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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