Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A presidente Dilma Rousseff e os ministros palacianos fecharam a sexta-feira com 175 votos contra o seu afastamento do cargo – três a mais do que o necessário para barrar o processo de impeachment. Já a oposição canta vitória e faz apostas sobre a composição de um governo de Michel Temer, a partir do final de maio.
Puleiro
É apenas um pouco do circo montado para domingo: o primeiro deputado a votar chama-se Abel Galinha (DEM-RR). E ele promete uma surpresa na fala.
Esplanada Doc
A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e as Forças Armadas escalaram os seus mais experientes agentes para registrar em fotos e vídeos a movimentação dos protestos na Esplanada.
Te cuida, garoto!
A Polícia Federal tem informações e já investiga um deputado federal de Minas Gerais que seria sócio oculto de Bené Oliveira, preso novamente na Operação Acrônimo.
Fundo-frete
Movimentos pró e contra o impeachment lançaram uma campanha de arrecadação. Todo centavo embolsado é destinado à compra de camisetas, bandeiras e adesivos. Antipetistas já conseguiram uma frota invejável de mais de cem ônibus para conduzir os militantes. Foi até distribuída lista com os horários do “busão” e os pontos de parada.
Vestiu a camisa
Ao justificar a saída do cargo para votar contra o impeachment de Dilma, o ministro Marcelo Castro (Saúde), vestiu de vez a camisa de aliado. “Eu estaria rasgando minha biografia se votasse a favor desse processo”, justificou.
Que processo?
Mais do que empenhado na condução do impeachment, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não anda muito preocupado com o processo de cassação que enfrenta no Conselho de Ética da Casa. “Essa é uma outra história”, desconversa.
Famoso quem?
A situação anda tão tensa no Congresso Nacional que um segurança chegou a barrar o ex-líder do DEM na entrada do Salão Verde da Câmara. Só faltou Mendonça Filho mostrar a carteirinha para passar.
Tá difícil
Em clima de final de Copa do Mundo, Dilma disparou telefonemas para ministros e líderes aliados no Congresso, pedindo que vistam a “camisa do otimismo”.
Libras
A segurança no Congresso está demasiado reforçada. Atrasado, um funcionário da Câmara, intérprete de linguagem Libras de sinais, foi barrado ontem e quase derrubado ao tentar acessar o plenário. Só foi liberado depois de explicar ao agente – oralmente – o porquê da pressa.
Desceu ardendo
Os deputados que participaram do café com Dilma se mostraram surpresos com o “astral” da petista às vésperas da votação do impeachment. “Foi o melhor café da manhã dos últimos tempos”, elogiou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE).
É Ivete!
Não é Alzira, e sim Ivete Vargas, a sobrinha do saudoso Getúlio Vargas, a homenageada com seu nome no instituto de estudos do PTB.
Memórias do plenário
Ivete é dos tempos de grandes embates orais, quando o Congresso ainda ficava no Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro. Certo dia, a deputada gritou para o arqui-inimigo de Getúlio, Carlos Lacerda: “O senhor é um purgante!”. Da tribuna, sereno, ele respondeu: “E a senhora é o efeito!”.
Ponto Final
“Todo mundo sabe que, se o Congresso tirar a posição de não aprovar o impeachment, colocará o País em um grande impasse.” – Do ex-líder cara-pintada e hoje senador, Lindbergh Farias (PT-RJ), em 1992, sobre o processo de afastamento do então presidente Fernando Collor.
Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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